'O Brasil ficando para trás na guerra contra a covid-19', diz Rui Costa

Governador do estado teme que falta de flexibilização faça fabricantes desistirem de pedir uso emergencial das vacinas no país

Publicado em 29 de dezembro de 2020 às 17:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Com o início da vacinação contra a covid-19 na Argentina, nesta terça-feira (29), através do imunizante Sputnik V, vacina desenvolvida por cientistas russos, o governador da Bahia, Rui Costa, teme que o Brasil fique para trás na guerra contra o novo coronavírus. 

Em uma postagem no Twitter, Rui disse temer que farmacêuticas desistam de pedir o uso emergencial das vacinas devido à falta de flexibilização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Os argentinos começaram hoje a se imunizar com a vacina SputnikV. Sem flexibilização, os fabricantes desistirão de pedir uso emergencial das vacinas, como fez a Pfizer. Testes clínicos indicam q a Sputnik V tem 92% de eficácia. O Brasil ficando para trás na guerra contra a covid-19”, escreveu o governador. 

Antes disso, Rui respondeu a uma postagem lembrando do acordo do governo baiano com o governo russo para adquirir doses da vacina. Fizemos a nossa parte, através do acordo firmado com o governo russo para garantir ao menos a compra de 50 milhões de doses”, postou o governador e, logo em seguida, a mensagem ficou indisponível. 

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), se o Ministério da Saúde não enviar doses suficientes para os grupos prioritários baianos, o governo do estado pode adquirir até 50 milhões de doses da Sputinik V devido ao acordo selado de acesso prioritário. No entanto, “não há uma previsão para chegada das doses à Bahia e, talvez, nem mesmo seja necessário fazer a compra. A empresa ainda não fez o pedido de registro emergencial à Anvisa”. 

Além disso, a assessoria ressaltou que os testes clínicos indicam que a Sputnik V tem 92% de eficácia e terá fabricação nacional a partir de 7 de janeiro, na fábrica da União Química Farmacêutica, no Distrito Federal. “O Governo da Bahia disponibilizou centro de pesquisa para testagem da vacina russa no estado, mas a Anvisa está exigindo que brasileiros sejam testados, desconsiderando os testes clínicos em 40 mil voluntários no mundo. Sem flexibilização, o Governo da Bahia teme que fabricantes desistam de pedir uso emergencial das vacinas, como já fez a Pfizer”, apontou a nota.