O céu mandou Marco Antônio, Aparecida e Exu para o Vitória

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  • Paulo Leandro

Publicado em 4 de maio de 2022 às 05:19

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A dignidade moral do trabalho está no contínuo aprimoramento, graças à identificação dos erros, como caminho natural do acerto, a verificar na gratidão do Vitória à graça recebida no sábado, com o triunfo sobre o Manaus.

O céu mandou alguém, já estava previsto, a pelota veio pelo alto, Marco Antônio subiu, e um espírito do bem, ao acompanhar o zagueiro em sua ascensão, permitiu-lhe tocar na bola com as costas, nem com o ombro foi, podem rever.

A cabeçada foi só desejo, não importa, o Nêgo ungido chegou lá e começa a despertar inveja, na distribuição de conteúdos, sobre querela besta entre o atual diretor e um veteranaço.

Temos de suportar a ansiedade até segunda-feira, oito da noite, após a missa e a reza do terço na TV Aparecida: o jogo no Toledão é contra a Aparecidense de Goiás, um ponto à frente do Campeão da Técnica e da Disciplina.

Habita o coirmão um município fundado com base na religiosidade católica, como ocorre na Salvador portuguesa, sendo Aparecida uma santa preta como pretos são os baianos, tornando-se rubro-negros pelo sangue nas veias.

Além de jogar com fé, “pois a fé não costuma falhar” - canta o Imortal -, cabe apostar em dedicarem-se titulares, reservas e até gandulas (jogaram certo sábado) aos treinos, oferecendo cada gota de suor aos heroicos torcedores.

Não seria um belo presente aos anfitriões, prestes a celebrarem o centenário da cidade fundada por fazendeiros ocupantes das terras comunais, com seus arames farpados, nos territórios chamados pelo eufemismo de “propriedades”.

Os cuidados devem alcançar todo o grupo, considerando antigo projeto a destruição do Vitória pelo bloco formado por grupos levados por uma irracionalidade capaz de produzir perdas do mui amado vil metal.

Até antes da descoberta do telescópio  (#tmjGalileuGalilei) acreditávamos ser o kosmo um mundo ordenado e certinho em seus encaixes maravilhosos, como até hoje querem nos convencer as belas noites estreladas do Baixo Saboeiro.

As malditas lentes da ciência nos desencantaram da ideia perfeita de harmonia, pois quando as utilizamos, verificamos a incoerência de estrelas cadentes, asteroides em colisão, planetas explodindo e tontas surpresas...

A partir daí, isso tem mais ou menos apenas quatro séculos, mudamos nossa forma de julgar a nós mesmos: descobrir nosso talento, a finalidade para a qual servimos ao kosmo, já não seria suficiente para encaixar o ser no mundo.

Por isso, não importa se o jogador é craque ou não, precisam todos aprimorar continuamente suas qualidades, e corrigir, também incessantemente, as falhas individuais.

Nesta perspectiva, parabenizamos o professor Fabiano Soares pela boa estreia, proporcionando à família Leãodro uma alegria da qual estava esquecida, reacendendo o brasão da horda original dos maiores felinos.

É trabalhar e orar muito, não tendo a oportunidade o Vitória de obter o tratamento gracioso dispensado ao Esquadrão da Série B, sempre mimado em pautas publicitárias, relevando-se os problemas “ad majorem dei gloriam”.

Na mistura capaz de fazer dos baianos exemplo de civilidade, vamos unir Aparecida a Exu, tomando por aviso o fato de o jogo ocorrer no dia do encantado vermelho e preto: Laroyê! Bora Leão de todas as santas e santos!

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.