‘O ensino à distância veio para ficar’

Política & Economia: Modalidade vai sobreviver ao pós pandemia

Publicado em 9 de julho de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O novo papel para o ensino à distância (EAD) nas instituições superiores é uma das mudanças que vieram para ficar na pandemia do coronavírus, acredita o diretor de marketing da Unijorge, Davino Pontual. “É impressionante observar a tamanho da transformação e a velocidade em que ela aconteceu. Antes, havia uma grande resistência das pessoas e acabava sendo sempre uma opção das pessoas que gostariam de gastar menos, ou de quem tinha uma restrição maior de tempo”, lembra. 

Todo o segmento se deparou com uma mudança drástica em função da covid-19, reconhece Pontual. Segundo ele, a Unijorge já vinha se preparando para ampliar a oferta do ensino à distância, tanto ofertando cursos à distância, como disciplinas isoladamente em cursos presenciais. “A gente já vinha há um bom tempo trabalhando a qualidade dos nossos encontros à distância”, lembra. 

Após março de 2020,  o EAD e o ensino semipresencial começaram a se tornar a primeira opção para muitos alunos, destacou Davino Pontual, durante entrevista ao jornalista Donaldson Gomes, no Programa Política & Economia, ontem no Instagram do CORREIO (@correio24horas). “A pandemia jogou todos na frente de um computador, de um tablet ou celular, e as pessoas notaram que elas não tinham nenhuma perda, que na verdade o conteúdo permaneceu todo ali”, lembra. 

“O nível de cobrança de um curso à distância é o mesmo que o presencial, a carga horária que somos obrigados a cumprir pelo MEC (Ministério da Educação) é a mesma, a matriz curricular é organizada para ser equivalente e o diploma do curso também é igual”, destaca. “No diploma de nenhuma instituição está descrito se a pessoa se formou à distância ou presencialmente”. 

Davino Pontual explica que, por outro lado, as pessoas começaram a notar que poderiam adquirir conhecimento até com mais qualidade, por ter a possibilidade de fazer uma melhor adequação do tempo. “Hoje nós temos uma procura pelo ensino à distância como jamais existiu. Estamos percebendo um crescimento da procura pelos EAD e os semipresenciais, que é outra modalidade”, conta. 

A mudança de paradigmas se dá também em relação ao tipo de cursos que são ministrados à distância. Ele lembra que antigamente havia dificuldades em ter à distância cursos que dependiam da complexidade de laboratórios, com engenharia e saúde. Segundo ele, a modalidade semipresencial acabou com essa barreira. “Hoje um curso nosso que está tendo uma aceitação altíssima é a medicina veterinária semipresencial”, conta. “O aluno tem muito conteúdo à distância, mas toda a prática é presencial”. O mesmo se passa com os cursos de engenharia, exemplifica. 

Uma das novidades que a universidade está pleiteando junto ao MEC é o curso de direito 100% à distância. Antes os órgãos ligados ao curso faziam restrição, mas isso está deixando de existir, conta.