O papel que importa

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • D
  • Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 12:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Os números falam por si no momento em que a pandemia quebra sucessivos recordes no estado desde o clímax da primeira onda. Ontem, a Bahia chegou à triste marca de 100 mortos pela covid-19 em apenas 24 horas, 23 a mais que em 24 agosto passado, até então o dia mais fatal da crise sanitária. Na noite de ontem, o total de casos ativos na capital e interior beirava os 20 mil. Taxas de ocupação de UTIs subiram vertiginosamente nos últimos dias, bem como a soma de casos graves da doença. Antes, contudo, vieram os sinais que, uma vez desprezado, deram surgimento ao lockdown parcial decretado ontem.

Quando se chega a tal nível de risco à vida e à saúde dos cidadãos, é dever de toda a sociedade contribuir de alguma forma para impedir o colapso na rede pública e o consequente crescimento na curva de óbitos. Empresários precisam compreender que, embora compreensíveis pelo alto impacto causados por restrições mais duras, as queixas agora devem dar lugar ao interesse coletivo. Cidadãos idem. Cooperar é palavra de ordem nas atuais circunstâncias. O mesmo vale para as demais instâncias, incluindo a imprensa.

Ciente do seu papel na hora mais amarga da pandemia no estado, o CORREIO decidiu interromper a circulação da edição impressa deste fim de semana, 27 e 28 de fevereiro, para auxiliar as recentes medidas adotadas para reduzir o fluxo de pessoas nas ruas. Mais do que isso, por respeito às quase 11,5 mil vítimas da Bahia que tiveram o destino interrompido pela doença e ao esforço conjunto de autoridades públicas, profissionais de saúde e trabalhadores de atividades esseciais que se arriscam diariamente para salvar pessoas e manter o mínimo de normalidade.

Interromper a circulação do impresso não significa paralisar a missão diária do jornal líder em audiência no Nordeste: informar o leitor, especialmente, diante do panorama que atinge o estado com intensidade ímpar na escalada da covid. A edição impressa do fim de semana, produto que vem se consolidando como sucesso editorial, será feita com mesmo afinco de sempre, a partir do trabalho incansável de uma equipe de profissionais em home office dedicados a levar notícias e conteúdos relevantes para o público.

As páginas que o leitor não verá no papel estarão abertas integralmente para todos, assinantes ou não, por meio do page flip, ferramenta que dá acesso ao formato digital das edições impressas, disponível no http://.impresso.correio24horas.com.br. O CORREIO tomou a decisão de liberar toda essa edição por entender que cabe a ele dar sua cota de sacrifício em nome do bem maior, que é auxiliar a população a se guiar durante os dias de lockdown parcial.

O posicionamento reflete ainda o compromisso assumido pelo jornal já no alvorecer da pandemia, direcionando esforços para cooperar o máximo possível com o combate ao inimigo invisível. Seja através de informações, alertas e serviços noticiados diariamente, seja pelas promoções, mobilizações e campanhas de solidariedade que criou ou encampou ao longo desse período, com a certeza de que a travessia passará, desde que todos contribuam para o isolamento.