O que fazer em caso de ataques de morcegos

Vacinas e sorologia anti-rábica sevem ser ministradas o mais rápido possível. Raiva mata em 100% dos casos. Para se proteger dos bichos não há repelente químico

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  • Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2017 às 05:36

- Atualizado há um ano

Picadas são, geralmente, nos pés(Foto: Betto Jr./CORREIO)

Dentro dos centros urbanos, a maior parte dos morcegos é frugívora ou incetívora - ou seja, se alimenta de frutas e insetos. Mas, eventualmente, ocorrem ataques de hematófagos ou “vampiros”. Em caso de mordida, a vítima deve procurar um posto de saúde ou ir diretamente ao Hospital Couto Maia para iniciar tratamento. A vacinação e sorologia anti-rábica são ministradas em cinco doses. Se for possível, a captura do animal é importante para que sejam realizados exames. A indicação é ligar para o Centro de Controle de Zoonozes (CCZ):  no (71) 3611-7331. O veterinário chefe do Setor de Vigilância Contra a Raiva do CCZ, Haroldo Carneiro, explica que a prevalência de raiva em morcego é de 1%. Mas qualquer mordida de mamífero silvestre deve ser tratada. Até porque, a raiva mata em 100% dos casos diagnosticados, ou seja, que chegam a infectar o paciente antes da ação dos medicamentos.  “O fato de ter atacado não quer dizer que o morcego está com raiva”, tranquiliza o veterinário. Apesar de alguns moradores apostarem em naftalina ou alho para afastar os animais, não há repelente natural ou químico. “A única proteção é mecânica. Tem que fechar janelas e portas”, diz. Tanto os morcegos hematófagos quanto os frugívoros transmitem a raiva. “Geralmente a raiva é transmitida pelos hematófagos. Mas esses animais possuem o costume de lamber um ao outro em seus alojamentos. A saliva transmite o vírus da raiva“, por isso, não é garantia que um morcego que só se alimenta de frutas não esteja doente”, esclarece veterinário Edson Ribeiro, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Divep).

Casos não passam de dois a cada mês

O Hospital Couto Maia, responsável por atender pacientes mordidos pelos morcegos, informou que a média de notificações de ataques dos casos que chegam à unidade fica entre um ou dois por mês. Há dois meses, um homem de 46 anos, da cidade de Paramirim, no Centro-Sul da Bahia, foi mordido por um morcego e não procurou imediatamente ajuda médica. Com o surgimento dos sintomas, foi internado no Couto Maia, mas não resistiu.