'O sentimento é de confiança', diz mãe dos irmãos Emanuel e Emanuelle sobre júri popular

Julgamento da médica Kátia Vargas acontece nesta terça-feira, no Fórum Ruy Barbosa

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 06:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Depois de alguns meses em silêncio, a mãe dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, Marinúbia Gomes, falou rapidamente com o CORREIO ao chegar ao Fórum Ruy Barbosa, na manhã desta terça-feira (5). "O sentimento é de confiança. Fé em Deus, fé na Justiça. A gente tem que ter, né?", disse a enfermeira em entrevista ao CORREIO. A enfermeira não estava falando sobre o caso por orientação dos advogados.

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Ela chegou acompanhada do advogado Daniel Keller por volta das 6h40. Marinúbia entrou pela lateral do fórum e não chegou a cumprimentar os parentes e amigos da família que estão do lado de fora, segurando cartazes e pedindo justiça pela morte dos irmãos.

Sem condições de falar Na sexta-feira (1º), Marinúbia chegou a ir ao fórum onde estavam sendo entregues as 220 senhas para o público interessado em assistir ao julgamento. Ela chegou por volta das 2h30, acompanhada de amigos e um advogado, cumprimentou as pessoas que estava na fila mas permaneceu dentro do carro da família, estacionado na mesma rua. Ela, assim como a família de Kátia, tem direito a senhas reservadas. 

Exatos 1.517 dias depois do acidente, a família dos dois aguarda com expectativa o julgamento da médica Kátia Vargas, acusada de ter provocado o acidente que culminou nas mortes. Amanhã,  no Fórum Ruy Barbosa,  em Salvador, ela será submetida a júri popular. Este dia, para a família dos irmãos, vai ser mais do que um momento cercado de expectativa: vai ser o fechamento de um ciclo após quatro anos. 

Desempregada há pouco mais de um ano, a enfermeira Marinúbia não consegue trabalho. Nas últimas entrevistas de emprego, foi descartada pela repercussão do caso, segundo Mayane Gomes, prima dos filhos da enfermeira. Abalada, preferiu não falar com a reportagem. Procuramos a enfermeira  ao longo da última  semana, mas a família relatou que ela está sem condições de falar sobre o assunto. Mesmo quando informamos que na edição de ontem do CORREIO  publicaríamos uma entrevista com a médica, ela optou não falar.