O sono precisa de ajuda: pandemia faz crescer o uso de remédios para dormir

Para especialistas, aumento da insônia é fenômeno 'pandêmico e pós-pandêmico'

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  • Thais Borges

Publicado em 30 de outubro de 2021 às 10:49

- Atualizado há um ano

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Encosta a cabeça no travesseiro, fecha os olhos. Mas o sono não vem. Vira para um lado, se mexe do outro, ajeita a coberta. Põe uma máscara nos olhos, limitando qualquer claridade. Conta carneirinho, ovelha, muriçoca. Não funciona. Quem inventou isso? O sono continua longe. No lugar dele, aparecem convidadas indesejadas - a insônia e, em muitos casos, a ansiedade por não dormir. 

Essa romaria se repete todas as noites. Desde o começo da pandemia, em março do ano passado, relatos assim só aumentaram, nos consultórios de especialistas como psiquiatras e médicos do sono. Ao longo desse período, diversas pesquisas identificaram o aumento de problemas no sono da população. 

Só este mês, por exemplo, cientistas de cinco instituições, inclusive a Universidade Federal da Bahia (Ufba), divulgaram novos resultados do chamado Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto, em que quase um terço dos participantes disseram ter dificuldades para dormir. Em muitos casos, esse problema não se resolve sozinho, nem com terapias alternativas. Para boa parte desses insones, uma boa noite de sono só é alcançada com medicamentos. 

Para o médico do sono Francisco Hora, coordenador do Laboratório do Sono do Hospital Português e professor Ufba, nem todo mundo entendeu o quão complexo é esse novo contexto. "Até colegas clínicos gerais não estão valorizando isso como um fenômeno pandêmico e pós-pandêmico. Se você planejasse um estudo em que as pessoas ficam sem fazer nada em cárcere privado por um ano no mundo inteiro, esse estudo nunca existiria. Mas ele aconteceu da forma mais absurda possível", explica. No começo do período pandêmico, havia algumas questões importantes. Primeiro uma que talvez não seja óbvia: ter excesso de tempo para dormir pode ser pior do que não ter tempo para dormir. Em algumas faixas etárias, isso foi ainda mais dramático, como em idosos, crianças e adolescentes. Alguns perderam não só a rotina, mas até mesmo as referências sociais. 

"O tédio é um grande inimigo do sono, porque ele passa a sensação de cansaço, desânimo. Isso se torna insônia. E a insônia crônica é de difícil controle. As pessoas não tinham como reverter isso", explica o médico. 

Para dar ideia, alguns remédios, como os que têm a eszopliclona como princípio ativo, quase triplicaram as vendas na Bahia, de 2019 para 2020 - um aumento de 284%, entre o número de caixas vendidas. Em 2021, é possível que os números sejam ainda maiores do que no ano passado; só até agosto, já tinham sido vendidas 32 mil caixas do medicamento no estado, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em todo o ano de 2020, foram 35 mil.  

Sintoma Na maioria das vezes, a insônia é um sintoma que pode indicar qual é o problema original. Segundo o psiquiatra Lucas Alves, coordenador do pilar de psiquiatria do curso de Medicina da UniFTC e presidente da Associação Psiquiátrica da Bahia, ela é frequentemente associada a transtornos mentais, como depressão e ansiedade. "A gente viveu muitos desafios nesse período de covid longo, que vêm mudando. Agora, existe o desafio de retornar ao trabalho, deixar o filho sozinho, o pet mais sozinho em casa. São desafios que podem gerar a ansiedade. A incerteza sempre mexe com a gente em certo ponto", explica. Para ele, é preciso cuidar do sono - seja com remédio, seja com medidas comportamentais. No entanto, o acompanhamento de um especialista é indispensável.  "Existem casos difíceis e o uso de uma medicação é muito bom. Costumo dizer que, na maioria das vezes, é melhor ter uma boa noite de sono com medicação do que uma noite com insônia. Mas percebi muito um apego à psicofarmacoterapia. Tratar o sono é importante, mas tem que ter um plano de retirada", defende. 

Esse é o caso da advogada Olívia Suzart, 41, que, no final do ano passado, foi diagnosticada com ansiedade. O tratamento indicado pela psiquiatra que a acompanha incluía o uso de um ansiolítico à noite. O remédio ajuda tanto a controlar a ansiedade quanto serve como indutor leve de sono. Desde então, ela toma a medicação todos os dias. "Era a síndrome do cérebro inquieto. A gente fica pensando, vai passando o tempo e não consegue adormecer. Isso já acontecia comigo, mas não era frequente e eu conseguia lidar. Mas, em razão da pandemia, cheguei nesse quadro de ansiedade", conta ela. Na época, ela sentiu como se estivesse em uma bola de neve. Olívia teve covid e viu a mãe ficar doente, ao mesmo tempo em que se preocupava com a família, especialmente o filho. Hoje, depois de pouco mais de dez meses com o remédio, considera que tem um sono profundo. "Durmo bem e não fico acordando. Durmo entre 10h e 11h da noite e acordo às 7h30. Nos dias que meu filho tem aula presencial, acordo 6h30", explica. 

A proposta da médica dela é fazer o 'desmame' - a retirada gradual do remédio - quando a rotina estiver mais equilibrada, com o retorno gradual da normalidade em meio à pandemia. "A intenção é que a gente não fique dependente", completa.  

Conta própria Essa preocupação com uma eventual dependência, na verdade, costuma estar associada a outro problema - a automedicação. Ou seja, quando os pacientes já chegam ao consultório tomando medicamentos por conta própria. "Às vezes alguém tem um amigo que toma, tem a tia que diz que o remédio é ótimo e termina fazendo o uso. Alguns pacientes começam desenvolvendo tolerância à medicação e vão aumentando. Quando chegam até a gente, já estão com doses bem mais altas do que deveriam e continuam só tratando sintomas, sem tratar a causa", explica o psiquiatra André Gordilho. De acordo com ele, há casos em que as pessoas podem precisar de medicamentos por toda a vida, mas os tratamentos são individualizados. "A grande maioria tende a tratar por um tempo e depois individualizar. O tratamento pode vir com acessórios como fitoterapia, mudanças na rotina. Trabalhar o estresse é fundamental porque, se não tratar as causas que levam ao desenvolvimento do problema, ele volta", acrescenta. 

Sabendo da importância de ter um profissional, quando começou a ter os sintomas, há cerca de 10 meses, a designer de produtos digitais Fabrícia Gonçalves, 34, buscou um neurologista e uma psiquiatra. Na época, tinha tanto crises de ansiedade quanto insônia e cefaleia. 

"Comecei a ficar sem dormir mesmo. E não era ‘sem dormir’ de apenas ficar sem dormir, mas minha ansiedade provocava minha cefaleia, que provocava minha insônia e a insônia puxava a cefaleia. Era tudo relacionado", conta. 

A falta de sono já tinha começado a afetar atividades do dia a dia de Fabrícia."Quando você não dorme, você desenvolve muitos problemas. Não tem vontade de fazer exercícios físicos, de se concentrar em atividades do dia a dia, de trabalhar. O próprio sono se torna um pesadelo, porque você sabe que o horário está chegando e que tem que dormir, então a ansiedade bate", lembra. Para ela, a pandemia colaborou para as crises de ansiedade - e, consequentemente, para que tivesse a necessidade de controlar também a insônia. Antes disso, já tinha passado por situações pontuais que foram resolvidas com fitoterápicos ou mesmo com a regularidade nos exercícios físicos. 

Fabrícia começou o tratamento com o cloridrato de amitriptilina, considerado um antidepressivo, e, após cinco meses, passou a usar também um ansiolítico. Desde então, tem se dado bem com o tratamento. 

"Acordo bem, descansada, tranquila. É raro ter um dia que acordo de madrugada  e, mesmo que aconteça, consigo dormir logo", diz ela, que chegou a revisar a dosagem dos medicamentos com sua psiquiatra, até encontrar a quantidade ideal. "Salvou minha vida naquele momento, porque com a pandemia, isolamento e falta de socialização, ficou bem difícil. Hoje em dia, graças à ciência e tudo mais, estou bem", completa. 

O plano da psiquiatra que a acompanha é fazer o desmame no momento certo. Por enquanto, como a pandemia ainda está aí, ela deve continuar. "E nunca deixei de fazer exercício físico. Mesmo dentro de casa, fazia coisas como ioga. É algo que não pretendo deixar nunca na minha vida e é mais importante do que qualquer medicamento - fazer exercício e se alimentar bem. Infelizmente, a gente não está vivendo numa realidade em que todo mundo pode ter acesso a isso, ainda mais agora. Sei que falo de um lugar de privilégio", analisa. 

Individual Segundo o médico Francisco Hora, especialista em Medicina do Sono, existem mais de 50 tipos diferentes de insônia. Elas podem mudar de acordo com a faixa etária e com o diagnóstico das pessoas. Uma das mais comuns é a insônia de início, que acontece quando alguém deita para dormir, mas não consegue parar de pensar. 

Outra frequente é chamada de insônia de manutenção. Nesses casos, a pessoa até consegue dormir, mas acorda à noite e depois não consegue mais voltar. Isso pode estar associado a fenômenos como apneia do sono, roncos e movimentos anormais das pernas. 

Além disso, uma das formas de tratar a ansiedade antes de dormir é não se comparar com outras pessoas. Ele afirma que isso é comum entre pessoas que moram juntas, como casais. 

"Nem gêmeos univitelinos dormem igual. É importante o indivíduo se conhecer, saber o seu padrão de sono. A maioria das pessoas dorme de seis a oito horas por dia, mas tem quem durma mais ou menos e nem por isso é doente", pondera. 

Ele defende que não há remédios bons ou ruins. O que vai definir se uma medicação pode ser boa para alguém é a necessidade de cada pessoa. "Um remédio pode ser necessário por três dias ou pela vida toda. Se um diabético que usa insulina deixar de tomar, ele morre. Mas se eu der insulina a um que não precisa dela, essa pessoa morre", exemplifica. 

Drogas Z A dona de casa Maria José Villar, 84, usa um dos medicamentos mais conhecidos para induzir o sono: o zolpidem, que já fazia parte da rotina dela mesmo antes da pandemia. Por decisão médica, dona Maria toma remédios para dormir há cerca de 15 anos, desde que o marido morreu. Há pouco mais de três, esse remédio é o zolpidem. 

O remédio faz parte do grupo dos não-benzodiazepínicos, que têm propriedades relaxantes e sedativas."Tinha insônia mesmo, não conseguia dormir com os problemas da vida da gente", lembra. Mas, segundo ela, o zolpidem tem sido uma boa alternativa em seu caso. "Me dou bem com ele, durmo bem e acordo descansada. Mas se não tomar, não durmo", diz. Com a regularidade, as mudanças de rotina na pandemia não atrapalharam o sono de dona Maria. Como é disciplinada, nunca teve algum episódio de sonambulismo ou algum efeito colateral. Este ano, o zolpidem ganhou destaque no noticiário político depois que a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP) sofreu uma queda da própria altura, após ter tomado o remédio. 

Mas dona Maria não conta apenas com a medicação. Para se manter ativa, ela faz caminhadas todos os dias e faz pilates duas vezes por semana. Só não gosta dos chás. "Não suporto. Todo mundo me critica. Eu digo que chá é de doente e não estou doente. Faço revisão no meu médico todo ano e sei que o remédio resolve. Já faz parte da minha rotina", explica. 

Segundo a psiquiatra Miriam Gorender, professora da Ufba e da UniFTC e diretora da Associação Brasileira de Psiquiatria, o zolpidem foi lançado no mercado, há pouco mais de duas décadas, como um medicamento mais seguro em relação aos que vinham sendo usados contra a insônia. Essa era a proposta de todas as drogas da 'família Z' - uma lista que inclui, ainda, alguns como zopiclona e eszopiclona. 

"Décadas atrás, não existiam os benzodiazepínicos. O que se usavam eram medicamentos como hidrato de cloral, fenobarbital (o popular Gardenal) e Mandrix (a metaqualona, que não é mais produzida comercialmente). Eram medicamentos com altíssimo risco de dependência e risco de mortalidade grande", diz, referindo-se a princípios ativos que eram comuns inclusive  na primeira metade do século 20. 

No entanto, os benzodiazepínicos começaram a ser desenvolvidos. Na época, foram muito comemorados, justamente porque eram medicamentos mais seguros. Tinham menor risco de dependência e dificilmente levariam à morte. Esses remédios começaram a ser introduzidos no mercado na década de 1960. Fazem parte desse grupo, em sua maioria, aqueles princípios ativos cujos nomes terminam em "pam", como diazepam (Valium), lorazepam e clonazepam (o popular Rivotril). "Mas logo a gente descobriu que eles também tinham risco de dependência", diz a psiquiatra. A mesma coisa acabou acontecendo com a família Z. "Eles foram lançados como mais seguros, inclusive por pessoas que têm problemas respiratórios e isso é muito importante em tempos de covid. Só que, embora leve mais tempo para desenvolver dependência, a gente deve continuar tendo cuidado", alerta. Até mesmo a covid-19 tem provocado consequências como a insônia. Um dos sintomas comuns entre os sobreviventes da doença é a insônia grave. "Um em cada três têm sequelas neuropsiquiátricas e um dos sintomas prevalentes é a insônia", acrescenta Miriam.

Para o psiquiatra Lucas Alves, o risco de substâncias como o zolpidem acontece quando ele é usado de forma inadequada. Ou seja: quando os pacientes não seguem as recomendações da própria bula do remédio. 

"Às vezes, as pessoas usam, ligam a tv, vão mexer no celular. É preciso tomar e imediatamente se deitar, ficar com a luz desligada e em um ambiente seguro para dormir. Os médicos devem se dedicar a orientar isso", reforça. 

O que pode acontecer, se essa rotina não for seguida, é que o cérebro entre numa espécie de confusão mental. Isso porque, se o remédio induz a dormir mas a pessoa ativa outros sistemas ligando a luz, é como se a mente não entendesse se é para dormir ou ficar acordado. "Essa combinação é ruim. Mas é um remédio de efeito rápido", completa. 

Para o médico Francisco Hora, especialista em Medicina do Sono, há outros aspectos que merecem até mais preocupação do que as drogas Z, como o grande número de pessoas que tomam melatonina sem necessidade no Brasil. Apesar de não ser exatamente um remédio, uma espécie de melatonina “sintética” é vendida por farmácias de manipulação no país, desde 2017. Até setembro de 2021, foram vendidas quase três vezes mais cápsulas de melatonina no país do que em todo o ano de 2019, segundo a Anvisa.

No entanto, a melatonina já é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo humano. “Eles tomam melatonina nessas fórmulas aos quilos e não sabem nem para que serve. É um hormônio que regula o horário do sono. Se você acorda e se expõe a uma luminosidade, a melatonina desaparece. No escuro, ela começa a subir no seu sangue. Mas ela não é necessariamente indutor de sono e estão misturando tudo”. 

Higiene do sono deve ser priorizada, dizem especialistas

Com ou sem remédios, uma das principais recomendações dos médicos para quem quer dormir bem é fazer a chamada higiene do sono. São dicas simples que devem ser feitas algum tempo antes de ir para a cama. Entre os exemplos, estão desligar telas (de televisão a celulares) cerca de uma hora antes de dormir. É importante também apagar fontes de luz, dormir longe do celular e evitar o consumo de cafeína à noite."Tenha uma hora regular para dormir, sabendo que é um horário para desligar. Evite ir para a cama com laptop porque transforma a casa no escritório", orienta o médico do sono Francisco Hora. As atividades físicas devem ser feitas, se possível, na parte da manhã. O ideal é evitar exercícios aeróbicos fortes à noite, como correr ou pedalar. "E se você está sem sono, levante da cama, vai para outro cômodo, restrinja o tempo no leito. Também tem atividades como ioga e meditação que são boas para quem gosta", acrescenta. 

Além disso, qualquer pessoa pode ter insônia habitual. Perder uma ou duas noites porque algo lhe tirou o sono não significa necessariamente que é uma insônia causada por um problema maior. 

"Mas a gente precisa de sono como precisa de ar, de água, de alimento. Ter um sono regular é mais importante do que as pessoas pensam", reforça a psiquiatra Miriam Gorender. 

Crítico da medicalização do sono, o neurocientista Sidarta Ribeiro, vice-diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) também defende essas atitudes. Para ele, o sono está perdendo espaço desde que a luz foi inventada - e isso só tem aumentado com a chegada do rádio, da televisão, da internet e, por último, dos smartphones. 

Segundo ele, nos últimos 100 anos, houve uma queda progressiva no tempo total de sono."Isso faz com que as pessoas estejam dormindo tarde demais, mas frequentemente ainda acordam no mesmo horário. Ou seja, estão dormindo menos", explicou, em entrevista ao Fórum Agenda Bahia, que foi ao ar na última quinta-feira (28). Na primeira metade do tempo em que alguém está dormindo, a pessoa entra no chamado sono de ondas lentas. É um período, inclusive, em que não há sonhos muito intensos. Depois, na segunda metade, é que vem o sono REM, que é o sono de movimento rápido dos olhos e com grande intensidade de sonhos. Mas se uma pessoa que dorme oito horas por noite vai dormir às 2h da manhã e acorda às 7h, ela perde três horas da segunda metade da noite e pode ter prejuízos com isso. 

"Quando a gente sai do tripé saudável de sono, alimentação e exercício físico, a gente sai da possibilidade de uma saúde não medicalizada", explica. "As pessoas tratam o sono como um banco de onde você pode emprestar infinitamente. No dia seguinte, isso se reflete em problemas cognitivos, como déficit de atenção; em problemas de humor. A médio prazo, aumentam os riscos para doenças cardiovasculares e diabetes e, no longo prazo, os riscos de alzheimer", acrescenta. 

Conheça os tipos de remédios mais usados para dormir

Fitoterápicos - São desde medicamentos fitoterápicos como valeriana e passiflora até os famosos 'chazinhos' de maracujá, camomila, melissa, etc. 

Benzodiazepínicos - São chamados assim porque sua estrutura química é baseada na fusão de um anel de benzeno com um anel de diazepina. A maioria dos remédios 'pam' é desse grupo, como diazepam (Valium), lorazepam, alprazolam (Frontal) e clonazepam (Rivotril). 

Drogas Z - São os 'não-benzodiazepínicos'. Embora sejam parecidos com os benzodiazepínicos, têm uma estrutura química diferente. Entre os mais famosos estão o zolpidem, a zopiclona e a eszopiclona. 

Outros - Nesse grupo, estão remédios para outros sintomas, como anti-histamínicos (para alergia), relaxantes musculares e anti-eméticos (como o Dramin, que evita enjoos).