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Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2022 às 08:48
- Atualizado há 2 anos
Cientistas da Universidade de Medicina da Prefeitura de Kyoto, no Japão, fizeram estudos para comparar a capacidade de sobrevivência em superfícies do coronavírus original, primeiramente encontrado em Wuhan, na China no final de 2019, e as "variantes de preocupação" Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron. Ainda não revisada por pares, a pesquisa apontou que a Ômicron é a mais resistente no ambiente externo, sobrevivendo até 21 horas sobre a pele e até oito dias em superfícies plásticas.>
O estudo japonês não conseguiu concluir até qual momento o vírus tem capacidade de infectar pessoas enquanto sobrevive nas superfícies, mas pode explicar o porquê de a nova variante ter substituído rapidamente a Delta.>
Foi testada a capacidade de sobrevivência em uma placa de poliestireno (plástico) e em pele humana (coletada pela autópsia forense). As amostras foram fornecidas pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas de Tóquio.>
Por ordem, as variantes que resistem mais tempo em superfície plástica são Ômicron (193,5 horas), seguido pela Alfa (191,3 horas), Beta (156,6 horas), Delta (114 horas), Gama (59,3 horas). A cepa original foi a que menos sobreviveu, por 56 horas.>
Já o tempo de permanência na pele humana foi de 21,1 horas na Ômicron, seguida da Alfa (19,6 horas), Beta (19,1 horas), Delta (16,8 horas), Gama (11 horas) e a originária de Wuhan (8,6 horas).>
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Os pesquisadores testaram também a eficácia de desinfetantes à base de álcool, etanol e isopropanol contra o coronavírus. Todos foram eficazes contra o vírus, apesar de as variantes de preocupação terem sido mais resistentes do que a cepa original.>
A avaliação mostrou a inativação completa de todos os vírus com exposição a 35% de etanol em 15 segundos na pele humana. Por isso, os pesquisadores recomendam fortemente que o protocolo atual de práticas de higiene das mãos continue para o controle de infecções, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde.>
Apesar da enorme capacidade de contágio da variante Ômicron, o diretor-geral da OMS foi otimista na segunda-feira (24). Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmo que "podemos acabar com a fase aguda da pandemia este ano e dar fim à Covid-19 como emergência sanitária mundial", que é o nível de alerta mais alto da OMS.>
No entanto, Adhanom alertou que é "perigoso supor que a Ômicron será a última variante e que estejamos no fim do jogo", porque as condições são "ideais" para que outras variantes surjam, inclusive outras mais transmissíveis e virulentas.>