Operação da PF cumpre mandados na Bahia por desvio de dinheiro público

Operação Jumper aconteceu em cinco estados. Na Bahia, foram cumpridos em Salvador e Serrinha

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  • Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2021 às 21:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo/PF

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (25) a Operação Jumper, com o cumprimento de mandados judiciais em cinco estados. Em Salvador, os agentes estiveram nos no Condomínios Giardini Naxos e Hemisphere 360, localizados no bairro de Patamares. Além disso, a Federal cumpriu mandados em Serrinha. 

A operação também esteve em Cruzeiro do Sul (AC), Rio Branco (AC), Manaus (AM), Brasília (DF), Pindamonhangaba (SP), São José dos Campos (SP). Na cidade do Acre, a irmã do ex-prefeito Ilderlei Cordeiro e secretário estão entre os alvos da operação Jumper e Súplica. Além deles, dois empresários de Cruzeiro do Sul também estão entre os investigados.

Ambas as ações visam a desarticular supostas organizações criminosas que, de forma estruturada, praticavam os crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, dentre outros. A operação também busca coletar novos elementos de provas que possam corroborar, ratificar ou alterar as hipóteses criminais traçadas no bojo das investigações.

Mais de 110 policiais federais participam das operações, visando ao cumprimento de 42 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal, Subseção Judiciária de Cruzeiro do Sul (AC), sendo 29 de busca e apreensão, 4 de prisão, 8 de sequestro de bens móveis e 1 mandado de afastamento cautelar do cargo público.

Além disso, estão sendo bloqueados os ativos financeiros dos principais envolvidos no montante de aproximadamente R$ 6 milhões.

A Operação Jumper apura supostos desvios de recursos públicos no âmbito de dois termos de colaboração firmados pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul com a Fundação Cultural e de Comunicação Valença (FCCV), envolvendo o repasse de aproximadamente R$ 25 milhões. 

A investigação apurou que os desvios eram dissimulados por meio de notas fiscais fraudulentas emitidas por empresas indicadas por agentes políticos e integrantes do esquema criminoso, as quais figuravam como prestadoras de serviços, sem que houvesse uma contraprestação legítima. Nos últimos anos, em outros Estados da Federação, a FCCV recebeu cerca de R$ 90 milhões.

A Polícia Federal continuará a apuração na tentativa de elucidar a real amplitude das supostas organizações criminosas, bem como identificar o grau de participação de cada um dos envolvidos.

A operação Jumper foi nomeada desta maneira porque a palavra, em inglês, significa saltador, o que, segundo a PF, remete ao modus operandi da organização criminosa investigada, que “salta” de município para município, estado para estado, na tentativa de cooptar agentes políticos e servidores à organização e, com isso, ampliar o montante de recursos públicos que poderá ser desviado, ocultado, dissimulado e movimentado em prol de seus membros.