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Vitor Villar
Publicado em 14 de fevereiro de 2021 às 17:00
- Atualizado há 2 anos
Moraes Carnaval Moreira. Assim também era chamado o baiano de Ituaçu, que nos deixou em 13 de abril de 2020. Fora todo o legado deixado para a música brasileira, Moraes ajudou a construir a história do Carnaval.>
Moreira é o homenageado do Correio Folia de 2021. Além de lives e matérias especiais, o Correio* está lançando uma série documental em podcasts, que lembra em detalhes a trajetória de Moraes no Carnaval e o legado deixado por ele para a festa.A série documental de podcasts se chama Os Carnavais de Moraes.Será uma série de cinco capítulos, que então sendo publicados desde sexta-feira (12) até quarta-feira (17) aqui, no site do Correio. Você também poderá acessar os episódios no seu aplicativo favorito de podcasts: no Spotify, no Deezer, no Apple Podcasts ou no Google Podcasts.>
Clique no player para ouvir o 3º episódio de Os Carnavais de Moraes:>
Para ouvir diretamente no Anchor, clique aqui.>
Confira outras opções de aplicativo mais abaixo>
Terceiro episódio>
Nesse terceiro episódio, falamos da criação do maior hino do Carnaval da Bahia: a música Chame Gente, lançada em 1985 e considerada, pelo próprio Armandinho, a sua melhor composição na parceria com Moraes.>
Você sabia que ela demorou quase 10 anos para deixar de ser instrumental e ganhar letra? E quais foram as inspirações de Moraes para dar vida à canção mais conhecida do Carnaval baiano?>
Mas, também, tratamos do efeito da grande industrialização da festa que acabou, pouco a pouco, irritando Moraes. O mestre tornou-se o maior crítico das cordas e dos camarotes. O efeito, por fim, foi afastá-lo da folia.>
Mas como a indústria do Axé Music foi se construindo? Quais foram os primeiros sinais de que artistas tradicionais, como Armandinho e os blocos afro estavam perdendo espaço? Qual foi a gota d'água para que Moraes desistisse de Salvador? Tudo isso você escuta aqui, na série documental produzida pelo Correio*.>
>> Perdeu o primeiro episódio? Clique aqui para ouvir sobre a estreia de Moraes no trio elétrico>
>> Também tem o 2º episódio! Clique aqui entender a influência do ijexá na música de Moraes>
>> O 4º episódio fala do período de exílio de Moraes no Carnaval do Recife e seu amor pelo frevo>
>> O 5º episódio trata do retorno de Moraes à Bahia e dos seus últimos Carnavais na Praça>
O Correio Folia é uma realização do jornal Correio com o apoio da Bohemia Puro Malte e da Drogaria São Paulo. A transmissão é da ITS Brasil e E_Studio.>
Você também pode ouvir nos aplicativos de sua preferência:>
Spotify:>
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Deezer:>
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Google Podcasts:>
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Apple Podcasts:>
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Outros aplicativos>
Para ouvir no Pocket Casts, clique aqui.>
Para ouvir no Breaker, clique aqui.>
Para ouvir no Radio Public, clique aqui.>
Mas... O que é "podcast"?>
Podcast é um programa de áudio, igualzinho a um de rádio. A diferença é que você pode ouvir quando, como e onde quiser. Pode ser no celular, no computador ou na TV. Se quiser, você pode pausar, voltar, adiantar ou pular os trechos, se preferir.>
Para ouvir, basta tocar no player acima. Ou, se preferir, basta clicar nos links para ouvi-lo no Spotify, no Deezer, no Apple Podcasts ou no Google Podcasts. Também é possível buscar os episódios diretamente nos aplicativos.>
Os Carnavais de Moraes>
O repórter Vitor Villar pesquisou a carreira de Moraes e ouviu parceiros de vida e obra, como os músicos Armandinho, Paulinho Boca de Cantor, André Rio, Luciano Magno e Davi Moraes. Além deles, o antropólogo e compositor Antônio Risério e o historiador Rafael Rosa.>
Por que contar a história de Moraes Moreira no Carnaval é contar a história do próprio Carnaval?>
Além de todos os seus dons musicais, tão conhecido por sua participação nos Novos Baianos e por sua carreira solo, Moraes Moreira tinha o dom de revolucionar o Carnaval.>
Em sua primeira participação num trio elétrico, em 1975, foi ousado: pegou um microfone que era ‘proibido’ por Dodô e cantou. Foi assim que a voz subiu o caminhão pela primeira vez em 25 anos, lançou inúmeras estrelas desde então e a festa mudou de cara.>
Mas não parou por aí. Graças à ajuda dos seus ex-parceiros de Novos Baianos, participou do primeiro grande encontro de trios na Praça Castro Alves. Continuou divulgando e defendendo a história do Carnaval e do trio pipoca ao longo dos anos 80.>
Ousado, realizou o sonho de Caetano Veloso e de Gilberto Gil ao adaptar o ritmo do ijexá para as cordas e, consequentemente, para o trio elétrico. Ao unir o ritmo dos blocos afoxés e o som eletrizado, lançou com Chame Gente o hino e a imagem que a partir dali todo o mundo teria do Carnaval da Bahia.>
Mas também teve espaço para irritação. Moraes sempre foi crítico da comercialização do Axé Music, das cordas e dos camarotes que se espalhavam por Salvador. Irritou-se tanto que trocou a Bahia por Pernambuco, num exílio que atravessou a década de 90 e os anos 2000.>
Mas, antes de se despedir de um dos seus maiores nomes, o Carnaval tinha que fazer as pazes com Moraes Moreira. Em 2010, o herói retornou às ruas de Salvador, num trio pipoca, como ele gostava, e saboreando um novo momento da folia, já com o sumiço progressivo das cordas.>
Ou seja: Moraes sempre teve o Carnaval como parte de si, e a ele retornou na hora certa para resgatá-lo. Despediu-se em 22 de fevereiro de 2020, na Praça Castro Alves, a origem de tudo.>