Os desafios de educar para a inclusão

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Publicado em 14 de abril de 2021 às 05:10

- Atualizado há 10 meses

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 Educar para a Inclusão compreende defender o direito a uma educação de qualidade para todos, incluindo pessoas com deficiências, com dificuldade de aprendizagem e marginalizados. Pressupõe que todos os alunos possam aprender juntos em um modelo de ensino que seja, de fato, adequado para todos os indivíduos, em vez de excluir alguns por conta de suas necessidades especificas. Pensar uma escola inclusiva implica enxergar que as diferenças são nossas maiores riquezas e não um problema ou barreira, que a diversidade agrega e faz com que nos esforcemos por aprender formas plurais de conviver e aprender,  desenvolvendo habilidades socioemocionais como empatia, respeito e senso de colaboração.

Para incluir é necessário levar em conta as singularidades de uma pessoa com deficiência, desde as adaptações curriculares à ergonomia do móvel que acomodará seu corpo em sala de aula. Não se inclui por força da lei ou sem conhecimento sobre o ser humano que supostamente faz parte de um grupo, mas é por esse grupo negligenciado, causando a maior de todas as decepções: estar sozinho em meio a um grupo que o deveria acolher e partilhar saberes. Há que se ficar atento à linha sutil que separa a inclusão da exclusão, pois o aluno com deficiência intelectual precisa não só estar presente fisicamente nos espaços, sua presença deve ser pensada no tocante à participação e aprendizagem como garantia de sua alteridade.   É inegável o acervo construído pelas escolas especiais e o quanto esse acervo pode colaborar com a inclusão dos alunos com deficiência, pensando juntos, estratégias facilitadoras desse processo, a exemplo do trabalho das APAES, iniciado em 1954, com a desinvisibilização social dessas pessoas. Passando pelas escolas especiais e atualmente protagonizando novos modelos de intervenção, como os CAEE – Centros de Atendimento Educacional Especializados e outros projetos que pensam a formação de professores, as redes de apoio entre alunos, docentes, famílias e  profissionais da área de saúde, assistência e envelhecimento.

Nesse 14 de abril, Dia da Educação Inclusiva, é preciso pensarmos que, mais que escolas inclusivas, precisamos de sociedades inclusivas, para que, a partir desta perspectiva inclusiva e não capacitista, possamos construir a escola da diversidade, tendo como objetivo oferecer as condições necessárias para que o aluno com deficiência, por meio da mediação de profissionais capacitados e recursos especializados adequados, alcance o máximo de desenvolvimento pessoal, social e emocional, possibilitando-lhe uma melhor qualidade de vida.

Kátia Leite é coordenadora de Educação e Ação Pedagógica da Federação das Apaes do Estado da Bahia (Feapaes-BA)