Pacheco critica decisão de Barroso: 'CPI pode antecipar palanque eleitoral para 2022'

Pacheco reforçou que vai cumprir o que determinou o ministro monocraticamente, mas alertou para o risco de contaminação com funcionamento presencial

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  • Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2021 às 22:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Agência Senado

Admitindo instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o colegiado poderá se transformar em um palanque político e antecipar a disputa eleitoral 2022. Além disso, ele criticou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o início da investigação no Senado.

"A CPI poderá exercer um papel de antecipação de discussão político-eleitoral de 2022, de palanque político, que absolutamente é inapropriado para esse momento da nação", afirmou Pacheco em coletiva de imprensa no Senado após a liminar concedida por Barroso. "Eu considero que é uma decisão equivocada e que evocará precedentes absolutamente inadequados para o momento do País."

Destacando que o funcionamento será presencial, o presidente do Senado alertou para o risco de contaminação por covid-19 que parlamentares, servidores e a imprensa estarão sujeitos. Ele também afirmou que a comissão não poderá substituir o papel das polícias e do Ministério Público. A decisão de Barroso ainda será levada ao plenário do STF, mas, por já ser válida, Pacheco reforçou que vai cumprir o que determinou o ministro monocraticamente.