Palco do Festival Virada Salvador terá 600m² de LED

Estrutura na Arena Daniela Mercury começou a ser montada no último dia 2

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  • Gabriel Amorim

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 05:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Jefferson Peixoto/Secom

Serão 70 horas de música, que só começam no próximo dia 28. Mas, o trabalho para quem coloca a mão na massa está a todo o vapor. Desde o segundo dia deste mês, o maior palco da história do Réveillon baiano já começou a ser montado. 

A estrutura por onde passarão artistas como Ivete Sangalo, Anitta, Iza e Saulo terá 60 metros de envergadura, 19 metros de altura e 600 m² de LED.  Os operários batem ponto na Arena Daniela Mercury durante todo o dia, de domingo a domingo. 

O Festival Virada Salvador 2020 acontece de 28 de dezembro a 1º de janeiro, no espaço da Boca do Rio, e é uma realização da Prefeitura de Salvador. 

Para o palco deste ano, um novo projeto foi montado pela GMF Arquitetos, sob a coordenação do arquiteto Giuseppe Mazzoni Filho. “Todo ano mudamos o projeto. A grande novidade é sempre a mudança do desenho. Para este ano, criamos um mosaico bastante harmônico”, contou ele.

O arquiteto explicou que o processo foi criado de forma colaborativa com a equipe da prefeitura. “Apresentamos o projeto ao prefeito ACM Neto e ele fez ponderações que levamos em consideração. Foi muito bacana esse projeto participativo”, ressaltou Mazzoni Filho.

Além da atenção aos grafismos e às cores, a equipe responsável pelo projeto cuidou, também, da funcionalidade do espaço. “Além de toda a preocupação com a parte estética, em manter a emoção, e com a parte sensorial, a gente se preocupa muito com a visibilidade do show à distância. Então teremos dois grandes LEDs de transmissão para que as pessoas possam visualizar lá do fundo”, disse o arquiteto, que garantiu que o show será visualizado, inclusive, da área do novo Parque dos Ventos.

Além dos shows, o festival conta com atrações variadas. Quem curte brincadeiras radicais vai poder experimentar a tirolesa e a roda-gigante de 36 metros, com 100 mil lâmpadas em LED e uma estrutura que comporta até 140 pessoas em cada passeio. O equipamento possui 24 gôndolas – com capacidade para seis pessoas cada uma. O evento vai contar, ainda, com um show de drones no dia 31 e uma vila gastronômica que reunirá mais de 40 estandes.

Mãos à obra  A expectativa é de que 500 mil turistas passem por Salvador durante o festival. E quem está, agora, ocupando a Arena Daniela Mercury garante que a festa vai acontecer da melhor forma possível. É o caso do supervisor Carlos Augusto, que coordena uma equipe de seis operários focados em montar, especificamente, a estrutura de camarote. Pelo terceiro ano consecutivo, o profissional trabalha na montagem do evento. 

“É uma satisfação, depois, ver a galera curtindo e saber que a gente contribuiu para que a festa pudesse acontecer com segurança”, explicou Augusto. Para ele, o trabalho não acaba mesmo após o começo dos shows. “A gente fica acompanhando, garantindo que está tudo correndo bem”, contou. 

Quando a festa termina, o trabalho da equipe continua. Já no dia 2 de janeiro, se inicia o prazo de dez dias para que a estrutura do festival seja completamente retirada. “A gente que trabalha com isso, sai daqui direto para montar o Carnaval, só descansa na quarta-feira de cinzas”, disparou. 

História especial Enquanto para Carlos Augusto o evento continua sendo um momento de trabalho, outros funcionários que ajudam a montar a estrutura, voltam à arena para curtir os shows. Para o operário Jamerson Alves, 20, o festival tem um gosto especial. “É muito gratificante você ver seu trabalho, aquilo que você fez, ajudando a galera a curtir, se divertir”, falou. 

Jamerson trabalha na montagem do espetáculo desde 2017 e, quando chega na arena para aproveitar as atrações, o sentimento é diferente.“Essa festa tem história pra mim. Foi o meu primeiro emprego, há três anos atrás, e espero continuar colaborando para ela”, revelou. O operário Jamenrson Alves conseguiu o primeiro emprego na montagem do Festival Virada Salvador, há 3 anos (Foto: Gabriel Amorim/CORREIO) No entanto, o trabalho não deixa de se fazer presente durante o momento de lazer.  “A gente que trabalha com evento fica olhando as coisas técnicas. Fica olhando o painel de LED, viajando nessas coisas”, explicou André Luiz que, assim como Jamerson, trabalha diretamente na montagem da estrutura do palco. 

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier.