Pandemia do novo coronavírus pode acabar no Brasil em julho

Previsão foi divulgada por pesquisadores da Universidade de Singapura

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  • Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2020 às 19:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Shutterstock/Reprodução

A pandemia do novo coronavírus pode ter seu fim no Brasil em dois meses. Essa, pelo menos, é a estimativa do laboratório de inovação de dados da Universidade de Singapura, na Ásia. Segundo os modelos matemáticos usados pelos pesquisadores, a última contaminação por covid-19 no país aconteceria no dia 8 de julho - sendo que, no dia 1º do mês, 97% das infecções previstas já terão ocorrido.

Para chegarem à conclusão, os especialistas usaram dados pregressos de pessoas suscetíveis à covid-19, infectadas pela doença e recuperadas (removidas) dela, em um modelo conhecido na linguagem científica como SIR. O dia 8 de julho, aliás, é mesma data prevista para o fim da pandemia no mundo, segundo o mesmo estudo. Em 12 do mês, as contaminações no Brasil já terão acontecido em 99%.

A análise, porém, não é dada como 100% certa nem pelos estudiosos, que alertam que várias outras variáveis não previstas no modelo podem influenciar o prolongamento - ou não - da pandemia no Brasil. Por exemplo, fatores demográficos específicos, variações no grau de adesão a medidas de isolamento social e até a suspeita de que a mesma pessoa possa se infectar mais de uma vez com o vírus.

A flexibilização precoce das medidas de isolamento na Itália e nos Estados Unidos também é apontada pelos pesquisadores como um dos fatores que podem adiar a data do teórico fim da pandemia - ao menos, nesses países.

O modelo, contudo, tem chegado perto do que se está vendo em outros países que estão em estágios mais avançados da pandemia. Por exemplo, na China, o estudo estimou que o fim do surto aconteceria no domingo passado (26). Por lá, ainda há novos casos, mas são poucos - na segunda, dia 27, foram 6 diagnósticos.

O estudo, porém, recebe críticas por se valer dos modelos SIR para previsão epidemiológica, por causa da alta subnotificação de casos por covid-19.