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Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2020 às 09:20
- Atualizado há 2 anos
O vereador Edvaldo Lima (MDB), de Feira de Santana, criticou o comentário do Papa Francisco de que os homossexuais, como filhos de Deus, têm direito a uma família. Para ele, que é evangélico, o papa é favorável à "desconstrução da família" e está "contribuindo para o fim do mundo”.>
"Respondo a 9 processos, não me preocupa se vier mais um", afirmou o vereador, durante sessão na segunda-feira (26) na Câmara de Feira de Santana. Ele disse não entender como um homem que é "religioso e estudioso da Bíblia defende a união homoafetiva". “Deus criou o homem e a mulher para procriar. Homem com homem não gera filho, nem mulher com mulher. Se for assim, daqui a 20 anos não precisa mais ter escola porque não haverá mais criança”, disse o vereador.>
Edvaldo afirmou que não se incomoda com críticas nem possíveis denúncias de homofobia. "Podem pedir minha condenação também, mas não serei a favor da relação homossexual", disse, afirmando que sempre vai manter o respeito por todos, apesar de sua opinião demonstrar preconceito com a população LGBTQI+.>
Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a homofobia. Por 8 votos a 3, o colegiado entendeu que a homofobia e a transfobia enquadram-se no artigo 20 da Lei 7.716/1989, que criminaliza o racismo.>
Papa defende união civil gay O Papa Francisco aprovou as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo pela primeira vez como pontífice. O fato ocorreu quando ele foi entrevistado para o documentário "Francesco", que estreou no Festival de Cinema de Roma nesta quarta-feira, 21.>
O apoio papal apareceu no metade do filme, que investiga as questões que mais preocupam Francisco, como meio ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda, e aqueles mais afetados pela discriminação.>
"Os homossexuais têm o direito de ter uma família. Eles são filhos de Deus", disse Francisco em uma de suas entrevistas para o filme. "O que precisamos ter é uma lei de união civil, pois dessa maneira eles estarão legalmente protegidos.">
Quando era arcebispo de Buenos Aires, Francisco apoiava as uniões civis para casais homossexuais como alternativa ao casamento homossexual, mas nunca se pronunciara a favor das uniões civis desde sua eleição como papa.>