Passagem do VLT vai acompanhar valor do metrô, diz Rui Costa

Atualmente, o tíquete do metrô custa R$ 3,70; modal começa a ser construído em outubro

  • D
  • Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2019 às 22:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marina Hortélio/CORREIO

As obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) que vai ligar o Comércio, em Salvador, à Ilha de São João, em Simões Filho, na região metropolitana, vão ter início em outubro. Serão 22 estações, nos 22 km cobertos pelo modal, informou o governador Rui Costa (PT) durante coletiva na Câmara Municipal de Salvador (CMS), onde apresentou, nesta quarta-feira (14), o projeto do sistema de transporte aos vereadores.

Com as mudanças no modal que atende à localidade, o valor da passagem também vai alterar. Dos atuais R$ 0,50, o tíquete médio vai passar para R$ 3,70 - mesmo valor do metrô. O governador explicou que a alteração não deve ter um grande impacto no bolso dos usuários do trem do subúrbio, já que esta vai ocorrer devido às melhorias no serviço.“O preço vai ser o mesmo do metrô. Hoje, o trem é de baixa qualidade e não atende com a qualidade de um serviço moderno que respeite a população. Vai ser o mesmo padrão do metrô. O equipamento é tão moderno quanto. Vai ser passagem única, independente se usa o ônibus ou não”, explicou Rui.O gestor ainda apontou que vai haver um investimento de R$ 2 bilhões para a construção do VLT. Além da mudança no tipo de transporte que atende o local, a obra inclui a requalificação da faixa de domínio do trem. “Nós vamos transformar [o domínio do trem] em um parque linear com ciclismo, caminhada e lazer para idoso ocupando toda a faixa como uma devolução para a cidade”, pontuou. De acordo com o governador, a obra vai gerar 5 mil empregos diretos em conjunto com o novo trecho do metrô.

Durante a apresentação na Câmara, Rui afirmou ser impossível manter o transporte público sem subsídio. No caso do VLT, vai haver o incentivo na passagem e no investimento para a construção do modal, informou o governador. Sobre uma possível isenção no Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), o gestor explicou que a taxa não recai no VLT por ser um transporte metropolitano. Rui Costa apresenta projeto do VLT na Câmara (Foto: Divulgação Fernando Vivas/ GOVBA) Além de ligar o Comércio a Simões Filho, a ideia é que o modal chegue até o Acesso Norte pela Via Expressa. "É um projeto de transporte moderno. Ele vai ligar Simões Filho a Salvador, atendendo ao Comércio e integrando com a estação do metrô no Acesso Norte. Portanto, é uma transformação completa na mobilidade urbana da região metropolitana", afirmou.

As novas opções de transporte para a região não significam a descontinuidade das linhas de ônibus que atendem a região. O governador acredita que vai ocorrer uma reorganização natural nas rotas de ônibus.

Contrato das obras A BYD, empresa responsável pelas obras do VLT, assinou o contrato com o governo do estado em fevereiro deste ano. Do monotrilho, o modal vai ser movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes.  

A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria Público-Privada (PPP). As estações dos trens do Subúrbio já existentes vão ser desativadas e reaproveitadas para prestação de outros serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e centros de atendimento.  

*Com orientação do chefe de reportagem Jorge Gauthier