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Ministério negocia com outras fabricantes, mas a oferta é menor que o necessário
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 17:34
- Atualizado há um ano
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nesta quinta-feira (7) que assinou contrato com o Instituto Butantan pela compra de 100 milhões de doses da Coronavac, vacina contra covid-19 fabricada pela instituição em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Serão 46 milhões até abril e outras 54 milhões de doses até o fim do ano.
Toda a produção do Butantan vai ser incorporada ao Plano Nacional de Imunização, com distribuição em todo o país, disse o ministro. O valor da dose fica em pouco mais de US$ 10.
O governo de São Paulo anunciou hoje mais cedo que a CoronaVac registrou 78% de eficácia nos testes clínicos feitos no Brasil. Além disso, o Butantan já fez o pedido para que a Anvisa autorize o uso emergencial do imunizante. A avaliação deve levar 10 dias - para o registro definitivo, o prazo é de até 60 dias.
Mais vacinas Pazuello afirmou ainda que o ministério negocia a compra de mais doses da vacina de laboratórios internacionais. Com a Jansen, serão compradas 3 milhões de doses, com entrega para o segundo semestre. "Infelizmente só nos são oferecidas 3 milhões de doses", disse.
Ele explicou. "O que nos atende é o que é fabricado no Brasil. Se não for fabricado no Brasil, as quantidades sempre serão ínfimas se comparadas com a necessidade do Brasil".
A Pfizer ofereceu 500 mil doses em janeiro, mais 500 em fevereiro e 2 milhões em março, abril, maio e junho. A Moderna tem previsão de entregar 30 milhões de doses, com custo de US$ 37 a dose, a partir de outubro. "Pensem se isso resolve o problema do Brasil. Toda vacina oferecida pela Pfizer no primeiro semestre vacina a metade da população da Grande Rio de Janeiro. Oito milhões de doses, quatro milhões de pessoas vacinadas", afirmou o ministro.