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Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2019 às 11:35
- Atualizado há um ano
No mundo dos negócios, cresce o consenso em torno da percepção de que a diferença entre uma organização e outra do ramo reside nas pessoas, ou melhor, nas suas competências – o que diferencia Antônio de João no mercado de trabalho.
É pouco consensual a percepção de que tais competências não podem ser, simplesmente, traduzidas numa quantidade de conhecimento ou num coeficiente de inteligência (QI). O que está em jogo é sua aderência às necessidades organizacionais. Também joga papel importante a predisposição dos trabalhadores a aplicá-las no trabalho, tendo em vista que Antônio pode ser bem mais competente que João, contudo, estar menos motivado que ele para contribuir para o crescimento da organização.
A equação da relação entre competências individuais (conhecimentos, habilidades e atitudes), desempenho individual e organizacional é mais complexa. Essa equação envolve outras variáveis que refletem o envolvimento dos trabalhadores com o que fazem, de forma a que os resultados individuais e organizacionais se aproximem dos desejados.
O que é preciso para que existam pessoas envolvidas com o que fazem na organização? Estudos e teorias nas áreas da Psicologia e da Administração mostram que há múltiplas respostas a esta pergunta, não se revelando tarefa fácil escolher as alternativas a serem implementadas.
Pesquisadores da área organizacional, como o belga Wilmar Schaufeli, apresentam uma direção a seguir nessa busca por trabalhadores engajados no que fazem. Ele identifica o estado de engajamento como uma energia que o indivíduo emprega nas tarefas que desempenha.
Os fatores do conceito de engajamento do autor belga referido – vigor, dedicação e concentração – mostram-se fortemente associados ao envolvimento dos indivíduos e promovem simultaneamente sua autoeficácia. Eles retratam puramente a vontade, o que muitos chamariam de motivação humana, seu empenho na concretização de algo que parece impossível, até ser feito. Evidenciam uma persistência que dá resultados e que impulsiona o que se conhece como desenvolvimento e evolução.
Muitos estudos nessa linha dão suporte ao entendimento de que a formulação, implementação e ajuste de estratégias e de práticas organizacionais focadas no grau de vitalidade que as pessoas dedicam ao que fazem, sistemáticas e duráveis, mas, simultaneamente, mutáveis em função de mudanças que se acumulam ao longo do tempo, podem influenciar o desempenho dos trabalhadores e, consequentemente, das organizações.
Em tempos sombrios, práticas organizacionais centradas na promoção do engajamento de seus trabalhadores, mais do que bem-vindas, somam-se a um conjunto de práticas organizacionais portadoras de um futuro melhor.
Izabel Xavier é mestranda da Escola de Administração da Ufba; Elizabeth Loiola é professora titular da Escola de Administração da Ufba