Petrobras inicia a desocupação da Torre Pituba, em Salvador

O plano de desocupação da Torre Pituba será concluído até o final de dezembro de 2019

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 13:24

- Atualizado há um ano

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A Petrobras deu início ao processo de desocupação do edifício Torre Pituba, em Salvador, como parte da estratégia de encerramento das operações da empresa na Bahia. O imóvel possui atualmente taxa de ocupação de 20%, e, segundo a companhia, o esvaziamento será para reduzir os elevados custos de aluguel e manutenção.

O plano de desocupação da Torre Pituba será concluído até o final de dezembro de 2019. Ainda de acordo a empresa, a estratégia de redução de custos ocorre em todos os processos e atividades, inclusive em gestão predial da torre. Além do edifício em solo baiano, já foi desocupado o Edisp, em São Paulo, e estão sendo desocupados o Edifício Ventura, no Centro do Rio de Janeiro, e o Edifício Novo Cavaleiros, em Macaé.

"Estão em andamento estudos sobre outras instalações, de forma a adequar a ocupação dos espaços à estratégia de negócio da Petrobras", informou a Petrobras em nota.

As equipes serão realocadas até o fim do ano de acordo com o planejamento de cada área. Cada gerência realizará a transferência dos profissionais para outros imóveis na Bahia ou para outros estados. 

O CORREIO mostrou que a Petrobras deve fechar a Torre Pituba, em Salvador. De acordo com o Sindipetro-BA, cerca de 1,5 mil servidores devem ser afetados. Outros 2,5 mil terceirizados que trabalham no prédio devem ser demitidos. À reportagem, os funcionários criticaram a falta de clareza sobre os próximos passos da empresa. 

Na segunda-feira (22), petroleiros, entidades da sociedade civil, prefeitos e parlamentares baianos participaram de um ato público pela permanência da Petrobras na Bahia, na Assembleia Legislativa do Estado. Nesta quarta-feira (24), dirigentes sindicais estão no Rio de Janeiro reunidos com sindicatos de outros estados e com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). “Nós estamos pensando em judicializar e denunciar isso ao Ministério Público do Trabalho, por se tratar de assédio moral, ação intimidatória dos trabalhadores. Hoje, há um clima de terror. São quase 20 mil famílias em pânico há três semanas”, diz Costa. Para o Sindipetro-BA, a Torre Pituba é apenas a primeira. Logo após o fim das atividades no prédio, a entidade avalia que o movimento deve se estender às outras unidades da Bahia. Hoje, segundo a entidade, a empresa tem 20 mil funcionários em 21 cidades baianas.