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Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2018 às 20:23
- Atualizado há 2 anos
Tropas especializadas da Polícia Militar lotaram enterro do soldado (Foto: Tailane Muniz/CORREIO) A Polícia Militar abriu um inquérito para investigar a morte do soldado Rafael Tourinho de Aragão, 32 anos, morto na manhã de quinta-feira (2), após passar seis dias internado. Ele sofreu uma parada cardíaca durante treinamento aquático para ingressar no Batalhão de Operações Especiais (Bope) da corporação.>
Em nota enviada ao CORREIO nesta sexta-feira (3), a PM informou que um 'procedimento apuratório' já foi instaurado e deve revelar a causa da morte. Rafael participava de um treinamento aquático, na última sexta-feira (27), em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, quando desmaiou e precisou ser hospitalizado. >
Segundo a polícia, a máscara de mergulho que Rafael usava alagou quando ele estava submerso na piscina. "Ele foi atendido por equipe médica e transportado por uma aeronave do Grupamento Aéreo (Graer) até o hospital", informou uma nota da PM. >
O soldado foi levado para o Hospital do Subúrbio. Na terça-feira (31), um protocolo médico foi aberto para atestar uma possível morte cerebral, constatada na manhã de quinta-feira.>
Grave acidente Rafael foi enterrado na quinta-feira (2), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador, sob salva de tiros. De acordo com familiares, o policial chegou a sofrer um acidente de moto grave em março de 2017, quando foi arremessado a uma distância de cerca de 10 metros. >
Cerca de 150 pessoas, sendo a maioria policiais militares de diversas companhias, incluindo o 18° Batalhão (Centro Histórico), onde o militar era lotado, e tropas especializadas como Bope e Choque, participaram do enterro. Os policiais presentes não quiseram falar com a imprensa.>
Uma amiga da família, que também não quis se identificar, disse que a família do rapaz é evangélica e estava otimista com o treinamento para ingresso no Bope.>
"Depois do acidente que ele sofreu ano passado, todo mundo ficou perplexo com essa morte repentina. Na época, ele foi arremessado, junto com a namorada, mas não sofreu qualquer ferimento. É realmente uma lástima", relatou. A namorada de Rafael esteve presente no enterro, assim como a mãe e outros familiares, mas ninguém quis comentar o assunto.>
De acordo com a Associação dos Policiais e Bombeiros Militares (Aspra),pelo menos cinco mortes ocorreram no período de três anos. Ainda segundo a Aspra, não existe uma fiscalização no treinamento. >