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Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2017 às 17:51
- Atualizado há 2 anos
O policial militar reformado Juraci Belo Santo foi preso nesta terça-feira (1º) acusado de fazer parte de uma quadrilha envolvida em vários crimes, incluindo extorsão e sequestro. Ele foi detido por policiais do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).>
O PM é acusado de envolvimento no sequestro, em outubro do ano passado, de Andrew Trindade Vieira, que era agente penitenciário, e Marcos Gomes Vida, na Federação. Os dois foram achados mortos em Simões Filho, depois dos bandidos pressionarem as famílias pedindo por resgates.>
Na casa do PM, na Baixa de Quintas, foram apreendidos um revólver calibre 38 e 13 munições, que foram encaminhadas ao Departamento de Polícia Técnica. A arma será periciada para saber se foi usada em outros crimes.>
Juraci seguirá para a Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP), em Lauro de Freitas.>
CrimeSegundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), Andrew era contratado pela empresa Socializa, co-gestora do Conjunto Penal de Lauro de Freitas (CPFL). Ainda de acordo com a pasta, ele tinha pouco tempo de serviço na unidade e pouco contato com os internos do CPLF.Agente foi torturado e morto(Foto: Reprodução)De acordo com um irmão de Andrew, o agente estava passando de carro próximo ao Cemitério Campo Santo, na Federação, onde morava, por volta das 11h30, quando foi abordado por três homens armados, que o sequestraram no veículo da vítima, um Toyota Corolla branco.>
“Eles pediram celulares, joias, tudo o que ele tinha. Só conseguimos falar com ele 14h, quando já estavam pedindo o resgate. Depois disso não tivemos mais notícia de nada”, conta o homem que pediu para não ser identificado. Ele foi fazer a liberação do corpo de Andrew na manhã desta sexta-feira (14), no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues.>
Ainda segundo o familiar, os criminosos ligaram para a namorada de Andrew pedindo R$ 100 mil para não matá-lo. À noite, o irmão recebeu, pelo celular, fotos do corpo do agente com sinais de tortura e marcas de tiros na cabeça ao lado do amigo, conhecido como Marquinhos, que também foi assassinado com as mesmas características. >
Conforme informou o irmão, Andrew estava trabalhando como agente há pouco tempo, cerca de dois anos. Ele não deixa filhos.>