Polícia descarta envenenamento de menina por doce após ver vídeo

Adolescente ficou o tempo todo sozinha entre as estações de Bonsucesso e Caxias

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  • Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2019 às 08:46

- Atualizado há um ano

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O delegado Vinícius Domingos, titular da 64ª DP (São João de Meriti), no Rio de Janeiro, descartou a hipótese de que a adolescente Lorrana Madalanea da Luz, 14 anos, foi envenenada após ganhar um doce de um desconhecido no trem.

Imagens obtidas pelo delegado e publicadas pelo jornal Extra neste sábado (26) mostram que a adolescente ficou o tempo todo sozinha entre as estações de Bonsucesso e Caxias.

"Descartamos que ela recebeu algum doce dentro do trem. As imagens mostram que o tempo todo ela ficou sozinha"afirmou o delegado à publicação.

A polícia investiga as hipóteses de consumo acidental, suicídio e homicídio. Pelo menos cinco familiares já prestaram depoimento.

Perícia feita no corpo da estudante encontrou fragmentos de carbamato, também conhecido como chumbinho, no estomâgo da menina.  Adolescente morreu após ingerir chumbinho no Rio (Foto: Reprodução) A menina foi levada para a unidade de saúde apresentando sintomas de intoxição após ganhar e comer um doce dado por um estranho. Os médicos a submeteram a uma lavagem estomacal. Nesse procedimento, encontraram fragmentos do veneno que é usado para matar ratos. O laudo já está com a polícia.

Também na manhã desta sexta-feira, o delegado que investiga o caso, Vinícius Ferreira Domingos, disse que encaminhou a um instituto de criminalística amostras de sanduíches e molhos recolhidos na barraquinha de sanduíches da família de Lorrana para uma perícia. Os agentes querem saber se nos produtos há algum tipo de contaminação que pode ter causado a morte da menina.

Nesta manhã, os investigadores aguardam a presença de uma amiga da jovem para prestar esclarecimentos. Ela poderá esclarecer algumas dúvidas da Polícia Civil. Nenhuma linha de investigação está descartada. Trabalhamos com várias frentes de apuração. O que pode se dizer é que houve um envenenamento", disse o delegado ao Extra.

Por volta das 11h15 o corpo de Lorrana Madalena da Luz Manoel, de 14 anos, chegou ao Cemitério Tanque do Anil, no bairro Parque Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense para ser velado. Alguns parentes passaram mal durante o velório da menina. O sepultamento está previsto para as 14h30.

Ao chegar na capela onde a adolescente está sendo velada, a vendedora Gisele José da Luz, de 32 anos, mãe de Lorrana, se desesperou e gritou pedindo que a filha. "Pelo amor de Deus, levanta daí", gritava a mulher que chegou a desmaiar no local.

A menina morreu na UPA do Jardim Íris, em São João do Meriti, na madrugada da última terça-feira, segundo informou a vendedora Gisele José da Luz, de 32 anos, mãe de Lorrana.

Ao saber que a filha morreu por ingestão de veneno de rato, o autônomo Luciano da Silva Manoel, de 37 anos, ainda não entendia o que aconteceu com a filha mais velha. O homem só pediu investigação sobre as circunstâncias do envenenamento."Eu não tenho mais nada para falar. Agora, só quero saber quem deu isso para ela. Espero que a polícia dê uma explicação", disse Luciano.O pai contou que a polícia esteve no local do lanche da tia e na casa da estudante. "Queremos uma resposta. Como foi que ela ingeriu e quem deu. Agora, é deixar a polícia trabalhar e desvendar o que realmente aconteceu. Esse é um momento que ningúem quer passar", disse o homem. 

Segundo ele, era quase certo que a filha tinha sido morta por veneno de rato. "Pelo jeito que eu vi a minha filha, a questão do chumbinho era certa. Só esperávamos a confirmação da polícia", lembra.