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Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo adquiriram pelo menos 189 joias desde o ano 2000. Segundo o MPF, a compra de joias era feita para lavar dinheiro obtido em práticas ilícitas
Publicado em 23 de junho de 2017 às 11:49
- Atualizado há um ano
A Polícia Federal cumpre mandados nesta sexta-feira (23), em uma operação que busca joias do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e da ex-primeira-dama, Adriana Ancelmo. São cumpridos dois mandados de buscas na zona sul do Rio, nos bairros de Ipanema e do Jardim Botânico, em endereços de uma governanta ligada à Cabral e da irmã de Adriana Ancelmo.Sérgio Cabral é réu em ação penal por lavagem de dinheiro na compra de joias em espécie, sem nota fiscal ou certificação nominal (Foto: Divulgação)Denunciada pela Operação Calicute, a investigada chegou a ser presa, mas cumpre prisão domiciliar. O ex-governador é réu em ação penal por lavagem de dinheiro na compra de joias em espécie, sem nota fiscal ou certificação nominal. A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, acusa Sérgio Cabral, sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, e seus assessores Luiz Carlos Bezerra e Carlos Miranda.
Na denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF), consta que Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo adquiriram pelo menos 189 joias desde o ano 2000, e apenas 40 foram apreendidas pela Polícia Federal a partir de mandados de busca.Das 189 joias adquiridas desde 2000, apenas 40 foram apreendidas pela Polícia Federal a partir de mandados de busca (Foto: Reprodução/Fantástico/TV Globo)Segundo o MPF, a compra de joias era feita para lavar dinheiro obtido em práticas ilícitas. Cerca de R$ 11 milhões foram gastos na compra dos bens de luxo.
"O dinheiro sujo era oriundo de propinas pagas por empreiteiras entre os anos de 2007 e 2014, em contratos para obras do metrô, reforma do Maracanã, PAC das Favelas e do Arco Metropolitano. O cometimento de crime de lavagem de dinheiro com a compra de joias já foi objeto de duas outras denúncias oferecidas em decorrência das denominadas operações Calicute e Eficiência", afirma a força-tarefa.
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