Polícia investiga se sogro furtou bens de nora durante o enterro dela

Ela foi morta a facadas pelo marido em São Paulo, supostamente após briga por futebol

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  • Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 11:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A Polícia Civil investiga o furto de bens de Érica Fernandes Alves Ceschini, torcedora palmeirense que foi morta a facadas pelo marido corintiano, Leonardo Souza Ceschini. O crime teria ocorrido depois de uma briga por futebol no final de janeiro, no apartamento do casal em SãO Paulo (SP).

O sogro da vítima e pai do assassino, Alexandre Estevam Ceschini, é o principal suspeito de levar o carro dela, duas TVs, um micro-ondas, eletrônicos e joias. O furto aconteceu enquanto o corpo da representante comercial era velado e sepultado, no dia 1º.

Até o momento, os bens não foram devolvidos e não houve explicação de porque eles foram levados. O acusado continua preso, mas está sob custódia em um hospital porque ficou ferido. 

Parentes de Érica registraram um boletim afirmando que o sogro dela e outras pessoas entraram no apartamento onde o casal vivia com os filhos gêmeos de 2 anos e retiraram os itens. Até o celular da vítima e documentos da criança foram levados. As crianças estão de maneira provisória com os avós maternos.

O sogro de Érica não atendeu a imprensa. O BO ainda cita uma mulher que seria advogada da família do acusado, que também teria entrado na casa. Ela não foi localizada para comentar o caso. 

Carro Aline Fernandes notou que o Jeep Renegade da irmã tinha desaparecido quando foi até a casa dela depois do enterro. Ela contou ao G1 que filmou como a casa ficou sem tudo que foi levado. A família de Leonardo não compareceu ao velório nem ao enterro, diz. 

Ela diz que Alexandre confessou, em conversa com ela pelo WahatsApp, que tirou os pertences da nora de casa, mas que não ficou com nada. "Não está comigo, está com o advogado", escreveu.

Aline diz que ele foi frio ao entrar no local do crime para retirar objetos. As pessoas que entraram no apartamento deixaram pegadas no sangue que estava no piso da cozinha, onde Érica foi assassinada. ""Eles não fizeram questão de limpar, passaram por cima do sangue da minha irmã apenas para pegar os eletrodomésticos", diz.

"Queremos que eles devolvam tudo, principalmente o celular de minha irmã, que chegaram a dizer que devolveriam à polícia, mas isso não foi feito", diz Aline. "Parece que muitas vezes, que para eles, minha irmã não foi assassinada, e sim está acontecendo apenas uma separação, onde os bens estão sendo divididos. Eles dizem que o que furtaram da casa 50% é do autor do crime", acrescenta.

Ela diz que o porteiro confirmou que Alexandre entrou com outras pessoas, mas as câmeras do prédio não estavam funcionando e não registrou. 

Crime Leonardo matou Érica a facadas um dia depois do Palmeiras ser campeão da Libertadores. A Polícia Militar foi chamada por vizinhos e já encontrou a representante comercial de 34 anos ferida no chão. Ela morreu no local. O empresário Leonardo foi preso em flagrante. Inicialmente el deu duas versões para o crime, mas depois confessou que tinha matado a esposa por desavenças "devido cada um ser torcedor de time de futebol difereten".

Primeiro, ele havia dito que Érica o esfaqueou e se matou. Depois, disse que ela o feriu e que ele conseguiu pegar a faca e a atingiu com vários golpes.