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Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2022 às 16:14
- Atualizado há 2 anos
A Polícia Civil investiga uma denúncia de tentativa de compra de votos em uma aldeia do Xingu, em Mato Grosso. Foram oferecidos R$ 1,5 mil para que indígenas apoiassem os candidatos indicados em um santinho, de acordo com informações do g1.>
A denúncia foi feita pelo próprio cacique da aldeia Tuba-Tuba do Povo Yudjá Juruna. O homem que tentou comprar o voto, antes do primeiro turno, foi o secretário de Agricultura de Marcelândia, Lincoln Alberti Nadal>
Na cola, aparecem nomes de Jair Bolsonaro (PL), candidato à presidência; Mauro Mendes (União Brasil), que foi reeleito governador estadual; Wellington Fagundes (PL), eleito senador; Fábio Garcia (União Brasil), eleito deputado federal e Silvano Amaral (MDB), que ficou como suplente para deputado estadual.>
Um vídeo do momento mostra quando o cacique devolve ao secretário os valores. O líder diz que queria queria melhorias para a aldeia em conversas com as lideranças municipais.>
"Esse dinheiro, a gente não vai pegar. Esse dinheiro, a gente vai devolver porque a nossa organização não aceita isso. Para o dinheiro atender um povo, tem que ser um dinheiro que resolve nosso problema, tem que ser conversado com a prefeitura ou com o prefeito, com o pessoal da Saúde, Secretaria de Saúde, só assim a gente aceita. Agora, um dinheiro que aparece de repente, isso a nossa organização não aceita”, diz em trecho da imagem.>
O secretário ainda tenta fazer com que o homem fique com a quantia e cita uma conferência. Com a recusa, o homem insiste, perguntando se os indígenas não queriam comprar alimentos e combustíveis com o valor.>
Após o caso, as lideranças procuraram a Polícia Civil e registraram denúncia contra o secretário. O caso é investigado.>
Ao g1 a Coligação “Mato Grosso Avançando, Sua Vida Melhorando”, que representa os candidatos, disse que a denúncia é frágil, apesar do vídeo. Frisou ainda que acionou a Justiça Eleitoral e que quer a apuração dos casos. "Cobraremos rigorosa apuração dessas acusações e punição dos responsáveis por divulgar fatos inverídicos", diz a nota.>
A coligação disse ainda que a 'colinha' entregue aos indígenas não foi produzida pela campanha majoritária ou pelos candidatos.>