Policiais compram todos os geladinhos de adolescente que sofria bullying

Em seguida, dividiram os produtos para as crianças do bairro

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  • Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 18:11

- Atualizado há um ano

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Foto: Reprodução Um jovem vendedor de geladinhos em Grajaú, no interior do Maranhão foi gravado sofrendo bullying de outros adolescentes enquanto vendia geladinhos. Alguns policiais militares viram as filmagens e se emocionaram com a história do garoto. E então tomaram uma atitude louvável: foram até a casa do pequeno e compraram todos os produtos dele.

Em seguida, os PMs distribuíram os geladinhos para outras crianças do bairro. O soldado Alves Oliveira, que participou do episódio desta quarta-feira, fala da sua emoção ao ajudar o jovem e ressaltou a força de vontade do garoto, chamado Adão."Sem esquecer aqui que a estrela maior é o Adão. Ele é um guerreiro. Eu também já trabalhei vendendo coisas e sei que é horrível ser humilhado da forma que ele foi. Ele é uma criança pura, sem maldade, uma pessoa totalmente do bem. Isso é o que fere mais a gente. As pessoas pensam que nós, policiais, não somos seres humanos, mas nós somos e temos os mesmos sentimentos. Não foi à toa que a gente foi lá e fez isso", ressaltou.A mãe do adolescente também estava no local e, no vídeo, é possível vê-la ainda abalada pelo bullying que seu filho tinha sofrido. Há relatos de que, durante a ação, os PMs ressaltaram ao jovem para ele nunca se sentir envergonhado por trabalhar.

"Nós assitimos (ao vídeo da humilhação) e achamos que aquilo foi uma covardia enorme", relatou Alves Oliveira, acrescentando que não esperava tamanha repercussão da atitude de ajudar o menino.

O PM disse ainda que, inicialmente, a equipe buscou o agressor para poderem conversar com o pai dele. Como o jovem não foi encontrado, os agentes foram até o menino alvo das ofensas."Não foi difícil encontrar o garoto porque ele já vem trabalhando há um bom tempo vendendo e muitas pessoas pessoas nos informaram (onde ele estava). Inclusive alguns amiguinhos dele nos levaram até a casa dele. Chegando lá, a gente conversou com ele, demos alguns conselhos, e começamos a gravar o que a gente estava fazendo. Surgiu a ideia então de comprar o que sobrou. Tinham ainda 17", afirmou.