'Polícias fizeram trabalho dentro dos limites da lei', diz Ibaneis após morte de Lázaro

Governador diz que situação de confronto foi criada pelo suspeito

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  • Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2021 às 10:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) comentou a morte de Lázaro Barbosa, 32 anos, durante operação de busca de 20 dias pelo maníaco baiano, suspeito de cometer uma chacina em Ceilândia (DF). 

“Certamente as polícias fizeram o seu trabalho dentro dos limites da lei. Se o resultado foi a morte desse perigoso assassino, certamente foi pela situação de confronto criada pelo próprio”, disse Ibaneis ao site Metrópoles.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou nesta manhã a prisão de Lázaro. Pouco depois, policiais envolvidos na captura anunciaram que o suspeito morreu em uma troca de tiros. O corpo está no Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas - depois de ser ferido, Lázaro chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

Vídeo da prisão: Vídeo mostra momento da prisão de Lázaro Barbosa; assista

Durante a amdrugada, câmeras de segurança mostraram Lázaro caminhando em ruas próximas à casa da ex-sogra, em Águas Lindas. O local foi cercado logo cedo nesta manhã, com policiais fazendo uso de cães farejadores e helicópteros. Cercado, Lázaro resistiu e não quis se render, segundo a polícia. Ele quem abriu fogo contra as forças policiais, segundo as autoridades, dando início ao tiroteio que o vitimou.

Relembro os crimes Lázaro Barbosa A saga de Lázaro começou no dia 9 de junho, quando ele matou uma família em Ceilândia, no Distrito Federal. Naquele dia, de acordo com o Correio Braziliense, o suspeito invadiu uma casa. Lá, ele matou Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15.

Após o triplo homicídio, ele fugiu levando a empresária Cleonice Marques, 43, refém. No entanto, a mulher conseguiu ligar para o irmão, que chegou à casa e encontrou os três corpos no chão, mas suspeito já tinha fugido levando a refém.

Cleonice foi encontrada morta três dias depois, no sábado (12). O corpo estava em um córrego próximo a Sol Nascente, também no Distrito Federal. O cadáver estava sem roupa e com diversos cortes.

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Logo após a morte da família, Lázaro Barbosa começou sua saga fugindo da polícia. O baiano é conhecido por ter grande capacidade de sobreviver na mata e pela sua habilidade de fugir das autoridades. Veja a linha do tempo:Quinta-feira, 10 de junho: o homem teria invadido uma casa que fica a 3km do local onde o triplo homicídio foi cometido. Lá, de acordo com o Correio Braziliense, ele teria colocado Sílvia Campos, 40, proprietária da chácara, e o caseiro, identificado como Anderson, 18, na mira de seu revólver por 3 horas. No local, ele teria obrigado os dois a fumarem maconha. Antes de fugir, ele roubou R$ 200, uma jaqueta, celulares e carregador.Sexta-feira, 11 de junho: Lázaro fez mais um refém e roubou um Fiat Pálio em Ceilândia. Com o carro, ele se dirigiu a Cocalzinho, desta vez em Goiás, onde abandonou e incendiou o veículo. As investigações apontam que lá se encontrou com um comparsa que o ofereceu suporte.Sábado, 12 de junho: ele teria passado a tarde bebendo e se divertindo em uma chácara próxima à Lagoa Samuel. Lá o suspeito fez o caseiro refém. O serial killer também o obrigou a fumar maconha. Antes de fugir novamente, Lázaro destruiu o carro do refém. Após deixar essa casa, ele foi para outra chácara, onde baleou três homens e roubou duas armas de fogo. Uma das vítimas era Thiago, que em entrevista ao Correio Braziliense deu mais detalhes de como o crime ocorreu.

"Estávamos conversando, quando ele chegou invadindo, por volta das 19h, e atirando. Meus dois amigos ficaram muito feridos e eu fui baleado na perna", contou ele enquanto saia do hospital com um ferimento na perna.

No final daquela noite, a polícia o encontrou e quase o prendeu. Houve troca de tiros, mas o suspeito conseguiu escapar enquanto ateava fogo a uma casa em Cocalzinho, interior de Goiás.Domingo, 13 de junho: o foragido furtou um outro carro, também em Cocalzinho (GO), e abandonou o veículo, um Corsa vermelho, após avistar um ponto de bloqueio montado pela polícia. No interior do automóvel, foi encontrado um carregador de munições. Policiais iniciaram uma intensa busca pela mata, usaram cães farejadores, drones e helicópteros.Segunda-fera, 14 de junho: ele passou o dia na mata. De noite, tentou invadir uma chácara, quando trocou tiros com o caseiro. De acordo com o trabalhador, Lázaro teria se ferido. A informação não foi confirmada. Após deixar o local, ele invadiu uma outra fazenda, onde passou a noite. Câmeras de segurança flagraram o criminoso.Terça-feira, 15 de junho: houve um encontro entre Lázaro e a polícia. Durante a troca de tiros, dois policiais foram baleados de raspão. O serial killer conseguiu fugir. Na noite deste dia, ele invadiu uma nova fazenda. Lá, ele preparou comida e fugiu novamente.

Saiba mais: Policiais são baleados em Goiás durante busca por 'serial killer do DF'Quarta-feira, 16 de junho: o criminoso fez três pessoas de uma família refém. Ele as levou para a beira de um rio e pretendia matá-las. A polícia chegou a tempo de evitar o crime. Houve troca de tiros, mas Lázaro conseguiu escapar novamente.

Assista: Resgate de reféns de 'Serial killer do DF' teve disparos e tensão na mata; Veja vídeoQuinta-feira, 17 de junho: Lázaro trocou tiros com a polícia novamente. Há a suspeita de que ele esteja ferido. As autoridades acreditam estar próximas dele, e fecharam um cerco no do distrito de Girassol, município de Cocalzinho. Após este dia, Lázaro fugiu pelas matas, se escondendo em chácaras. Ele teria recebido ajuda de um fazendeiro e de uma ex-sogra.