Porteiro agredido por motoboy em confusão no Rio morre em hospital

Entregador diz que foi hostilizado e agredido ao sair por portaria social

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  • Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2021 às 10:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reproduçao

O porteiro Jorge José Ferreira, 57 anos, agredido durante uma briga com um motoboy no Rio de Janeiro, morreu na noite do sábado (3). Segundo o Uol, Jorge foi transferido do Hospital Lourenço Jorge para o Hospital Miguel Couto na noite de 29 de março e morreu em decorrência de traumatismo craniano.

Parentes dizem que o entregador usou um guidão de bicicleta para agredir o porteiro. Jorge recebeu sete golpes na cabeça e foi socorrido por outros funcionários do prédio. O entregador Marcus Vinícius Gomes Corrêa afirmou que os porteiros "implicaram" com ele por usar uma saída social do condomínio.

"A família está em luto e agradece a todos pelas orações", disse o advogado da família, Bruno Castro.

O motoboy fez um vídeo em que aparecia no chão, imobilizado por outro funcionário do condomínio. Ele afirmou que foi agredido no local e que suas ações foram em legítima defesa.

Ao Uol, ele afirmou que ficou em choque com a morte do porteiro Jorge. "Estou péssimo, muito mal. Completamente arrasado, em choque. Eu não durmo direito, vivendo à base de remédios para dormir. Eu não queria que nada disso tivesse acontecido. Eu sinto muito. Choro o dia todo, meu mundo desabou", afirma.

O caso é investigado na Delegacia da Barra da Tijuca. 

Relembre Motoboy e porteiro depois que Marcus Vinícius tentou deixar o condomínio pela portaria social, e não a de serviço. O entregador diz que foi abordado de maneira agressiva e que foi humilhado ao ser impedido de sair. Houve discussão. 

O entregador tentou forçar passagem e ao ser impedido deu dois chutes no porteiro. Já na área externa, o portiero pega o guidão de uma bicicleta na guarita e agride o entregador, que revida. As agressões só pararam quando Jorge caiu no chão. Outros funcionários então seguram o motoboy.

"Eu me perdi, só estava tentando sair do prédio quando um porteiro veio falando comigo descontrolado, me humilhando dizendo que eu era motoboy e não podia sair por ali. Ele poderia ter me orientado com educação", disse na época Marcos Vinícius. "Ele começou a me cercar, me empurrar, falei para ele não colocar a mão em mim. Até que ele foi na guarita, pegou uma barra de ferro e me acertou. Eu consegui tirar a barra da mão dele e revidei. Depois, vieram mais porteiros e um morador que ameaçou me matar, me sufocaram".

Ele gravou um vídeo, no chão, afirmando que havia sido agredido por quatro porteiros e um morador que era policial. 

A família conta que Jorge trabalhava há 19 anos no condomínio e era um funcionário querido, sem histórico de confusões. "Ele disse que apanhou tanto, mas não tem uma escoriação. Foram sete golpes de barra de ferro que o motoboy deu nele", disse um familiar.