Preço da cesta básica em Salvador dispara no mês de julho, aponta Dieese

Capital baiana registrou o quinto maior crescimento médio entre 17 capitais analisadas; no entanto, continua tendo a cesta básica mais barata entre as capitais

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2021 às 21:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Ir ao mercado ficou ainda mais difícil para os moradores da capital baiana no último mês de julho. Segundo uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica ficou 3,27% mais cara, em relação ao mês anterior, atingindo R$ 482,58.

A elevação dos preços em Salvador só é superada por Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%) e Belo Horizonte (3,29%). As únicas capitais que tiveram queda foram João Pessoa (-0,70%) e Brasília (-0,45%). 

Segundo o estudo, para o soteropolitano, a cesta básica representa 47,43% do salário mínimo e demanda 96h31m de tempo de trabalho para a compra. A variação no ano em Salvador ficou em 0,73%. E a variação em 12 meses ficou em 16,22%.

Em junho, a cesta básica custava R$ 467,30, o menor preço entre as 17 capitais do Brasil analisadas na pesquisa. O valor médio teve uma queda de 0,60% em relação a maio, quando foi registrado R$ 470,14.

O forte aumento de julho pode assustar, mas o cenário ainda é ligeiramente positivo. Salvador continua tendo a cesta básica mais barata entre as capitais concorrentes.

Salário mínimo não é o bastante

Ainda de acordo com o documento, ao comparar os meses de julho de 2020 e 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. “Com base na cesta mais cara que, em julho, foi a de Porto Alegre, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.518,79, valor que corresponde a 5,02 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00.” 

O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

Dentre os produtos, os preços que mais subiram foram do açúcar, café em pó, tomate, leite integral e a manteiga. O quilo do arroz e da batata ficaram mais baratos na maioria das capitais.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos de julho de 2021 foi divulgada no dia 5 de agosto.