Prefeito diz que decisão sobre BRT é um alívio e acusa perseguição do Estado

Segundo ACM Neto, ele tenta uma audiência com o governador desde o início do ano para tratar da questão do transporte público, e que nunca obteve resposta

Publicado em 6 de dezembro de 2018 às 18:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

O prefeito ACM Neto falou, durante a demolição da Escola Municipal Engenho Velho da Federação nesta quinta-feira (6), sobre a decisão da Justiça de obrigar o Inema e liberar as licenças e outorgas necessárias para o andamento das obras do BRT. Segundo o gestor, a notícia foi recebida com grande alívio.

"Infelizmente, o governo do Estado, num ato de perseguição, determinou ao Inema que não concedesse a licença, o que é um absurdo", declarou o prefeito, acrescentando que se sente traído pelo governo quando sobre o BRT.

"Quando fizemos acordo para o projeto do BRT, foi no momento em que transferimos o metrô para o governo do Estado. Construímos isso com eles, com Jaques Wagner, que era governador, e com Dilma (Rousseff), então presidente. Rui Costa era secretário de Wagner. Foi nessa época que a gestão de Dilma avaliou e autorizou, do ponto de vista técnico, o projeto. Agora vem Rui Costa querer me perseguir e prejudicar a cidade", acusou o prefeito.

ACM Neto lembrou que, durante as obras do metrô, mesmo com os impactos ambientais, a Prefeitura liberou as licenças e não praticou qualquer tipo de perseguição ao Estado. "Esse tipo de atitude do governo do Estado sobre o BRT dificulta ainda mais a interlocução com eles. O governador precisa mudar a postura dele e entender que a Prefeitura não é uma secretaria do Estado", frisou.

"Há seis anos o governador sabe da minha postura, sabe que a Prefeitura não é secretaria do Estado. Ele sabe também que não vou me intimidar. Vejam vocês que as provocações vêm todas do lado de lá", acrescentou. ACM Neto reafirmou que já solicitou uma audiência com o governador no início do ano para tratar da questão do transporte público, e que nunca obteve resposta.Decisão da Justiça Uma limitar foi concedida pelo juiz Pedro Rogério Castro Godinho, da 8ª Vara da Fazenda Pública da Justiça Estadual, em pedido de mandado de segurança, determinando que o Inema libere ao Consórcio BRT, em um prazo de cinco dias, a autorização para o manejo da fauna referente às obras de implantação do novo modal, bem como a outorga para as intervenções no canal do Rio Camarajipe. Com isso, a pedido do consórcio, está anulada a decisão do Inema de tentar impedir as obras do BRT. Caso não seja cumprido o que foi determinado pela Justiça, o Inema estará sujeito a pagar uma multa diária de R$7 mil.