Prefeitura de Salvador investe mais de R$ 8,5 milhões por mês em assistência social durante pandemia

Valor é usado no Salvador por Todos, distribuição de refeições e cestas básicas

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  • Do Estúdio

Publicado em 24 de abril de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Bruno Concha/Secom/PMS
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O isolamento social se faz necessário durante a pandemia de Covid-19. De acordo com especialistas, a exposição sem restrições dos indivíduos ao coronavírus pode sobrecarregar o sistema de saúde. A medida evita o contato e a circulação de pessoas, o que dificulta a propagação da doença e possibilita que todos tenham acesso ao tratamento.

Para ajudar a minimizar os impactos sociais e econômicos a cidadãos que sofrem com prejuízos recorrentes de medidas de distanciamento, a Prefeitura de Salvador lançou, logo no início da pandemia, o Salvador Por Todos, auxílio de R$ 270 pago a cerca de 37 mil trabalhadores informais e pessoas em situação de rua da capital baiana.

Algumas das categorias que têm direito ao Salvador Por Todos são: ambulantes, barraqueiros, donos de quiosques, baianas de acarajé, guardadores de carro, recicladores, baleiros, taxistas, mototaxistas, motoristas de aplicativos, além de pessoas em situação de rua e quem recebe auxílio aluguel da Prefeitura e não são contempladas pelo programa Bolsa Família. A iniciativa já pagou mais de R$ 71 milhões para apoio desses trabalhadores informais e da população em vulnerabilidade atingidos pela pandemia de Covid-19.

O Salvador Por Todos é realizado pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e tem ajudado a minimizar os impactos sociais e econômicos a cidadãos que sofreram prejuízos decorrentes de medidas de isolamento social.“Não há uma capital no Brasil que tenha investido tanto no social. Somos a única com auxílio próprio, inclusive, com valor acima do benefício que voltou a ser concedido pelo governo federal. Já pedimos prorrogação do Salvador por Todos por, pelo menos, até junho”_Bruno Reis, prefeito de SalvadorEm abril, o pagamento chegou a sua 13ª parcela. Kiki Bispo, secretário da Sempre, destaca a importância da continuidade do benefício: “A Prefeitura entende e apoia as pessoas que mais precisam, nesse momento tão difícil. O Salvador Por Todos tem contribuído para garantir as necessidades básicas de famílias carentes da nossa cidade”, afirma.

Para organizar o saque do auxílio e evitar aglomerações, o calendário de pagamento é programado por ordem alfabética do nome do beneficiário, que pode consultar o cronograma no site salvadorportodos.salvador.ba.gov.br. O dinheiro pode ser sacado na rede lotérica ou nos caixas eletrônicos de autoatendimento das agências da Caixa Econômica Federal.Investimentos durante pandemia: - Cerca de 700 mil refeições fornecidas, entre ações de entrega de quentinhas nas ruas e nos restaurantes populares. - 1,6 milhão de cestas básicas distribuídas para alunos das redes municipal e conveniada e do programa Pé na Escola. - São 20 mil toneladas de alimentos por mês distribuídas aos estudantes, beneficiando 25% do total das famílias soteropolitanas. - Mais de R$ 61 milhões pagos a até 37 mil famílias com o programa Salvador por Todos em um ano; São R$ 270 mensalmente, por beneficiário.Alimentação Além do suporte financeiro, a população de Salvador também tem contado com ações da Prefeitura que ajudam a garantir alimentação para pessoas em vulnerabilidade social. Em um ano de pandemia, mais de 1,7 milhão de cestas básicas foram distribuídas para alunos das redes municipal e conveniada e do programa Pé na Escola.

São 20 mil toneladas de alimentos em 163 mil cestas básicas por mês distribuídas aos estudantes, beneficiando 25% do total das famílias soteropolitanas. A situação está tão difícil que toda a ajuda é bem-vinda. “É importante lembrar que muitos alunos vinham para a escola por causa da refeição. Então, a Prefeitura agiu com o coração mesmo, nessa questão social”, salienta Lailson Aníbal, 71 anos, padrasto do aluno Arthur, de quatro anos. Cerca de 1,6 milhão de cestas básicas distribuídas para alunos das redes municipal e conveniada e do programa Pé na Escola (Foto: Valter Pontes/Secom/PMS) Mas não para por aí. Outras mais de 213 mil cestas foram entregues para pessoas carentes, mães de crianças com microcefalia e outras deficiências, crianças abrigadas e autônomos. Há também a distribuição de cestas básicas aos trabalhadores cadastrados que atuam nas praias de Salvador.

Somente este mês, 440 barraqueiros e 383 baianas de acarajé foram beneficiados com a iniciativa. “É bom, porque pelo menos ajuda. O dinheiro que eu gastaria nesta cesta já dá para pagar uma água e luz e, também, tem o Salvador para Todos, que contribui bastante”, declarou a baiana de acarajé Bárbara Pereira, que trabalha em Stella Maris.

Neste período a Prefeitura distribuiu ainda cerca de 77 toneladas de alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal a entidades de assistência social cadastradas. Os materiais foram arrecadados em ações realizadas ou apoiadas pela gestão municipal. A prefeitura de Salvador ampliou a capacidade de atendimento de 700 para 1 mil refeições diárias nos dois restaurantes comunitários (Betto Jr./Secom/PMS) Os restaurantes populares de Pau da Lima e São Tomé de Paripe também têm atendido a população com baixa renda e em situação de rua. Recentemente, foi ampliada a capacidade de dos estabelecimentos, saindo de 700 para 1 mil refeições grátis (almoço e lanche da tarde) distribuídas diariamente, entre segunda a sexta-feira, das 11h30 às 13h30.

SOS Cultura No próximo mês, trabalhadores da área cultural da capital baiana devem receber a parcela única de R$ 1.100 do SOS Cultura, auxílio emergencial voltado para o setor de entretenimento enviado pela Prefeitura de Salvador e aprovado, em março, pela Câmara Municipal. O benefício, será pago para os profissionais que tenham renda declarada, no ano anterior, de até três salários mínimos. Cerca de seis mil pessoas devem ser beneficiadas, com um investimento de R$ 6,6 milhões.