Prefeitura de Salvador passa a oferecer tratamento pioneiro para disfunção pélvica

Serviço é custeado totalmente pelos cofres municipais e começará beneficiando 160 pacientes por mês

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  • Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2022 às 18:32

- Atualizado há um ano

A Prefeitura de Salvador passa a oferecer a partir desse mês tratamento pioneiro e gratuito para pacientes com disfunção do assoalho pélvico, doença que está diretamente relacionada à capacidade de controlar a urina e as fezes, assim como está envolvida nas atividades sexuais. O atendimento na rede SUS será custeado integralmente com recursos do município, beneficiando inicialmente quase 160 pacientes do SUS da capital por mês.

O secretário municipal da Saúde de Salvador, Léo Prates, esteve na tarde desta terça-feira (11) no Instituto Patrícia Lordêlo (IPL), no Itaigara, onde assinou o contrato para início imediato do tratamento contra a doença. No local, a equipe de multiprofissionais identificarão as causas e tratarão as doenças pélvicas com técnicas inovadoras, incluindo tecnologia de ponta desde o diagnóstico até os procedimentos realizados. 

Assoalho pélvico é um grupo de músculos voluntários e involuntários e ligamentos conectados a estruturas ósseas que se fundem e sustentam os órgãos abdominais e pélvicos. Sua função primordial é dar sustentação a bexiga, uretra, útero e a próstata, no caso dos homens. A disfunção pélvica acontece quando esses músculos se enfraquecem ou são prejudicados por outros fatores. As pessoas com esse tipo de disfunção contraem os músculos ao invés de relaxar e por causa disso não conseguem ter um movimento no intestino e/ou na bexiga satisfatório.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as disfunções do assoalho pélvico (DAP) atingem entre 26% e 50% da população, entre homens, mulheres e crianças, mas sua prevalência depende da faixa etária e outros fatores de risco como obesidade, tabagismo e multiparidade, por exemplo. Porém, em todas as idades interferem diretamente na qualidade de vida do ser humano. No Brasil estima-se que ocorram cerca de 300 mil cirurgias por ano devido ao conjunto de problemas do assoalho pélvico e, a depender da região, de 2 a 3 mulheres serão operadas ao menos uma vez na vida.

No Brasil, o tratamento multidisciplinar clínico das DAP não é disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), apesar do seu reconhecimento técnico científico e de fazer parte da matriz de competências dos programas de residência médica. Mas para garantir a assistência integral dos beneficiários do SUS da capital baiana que sofrem de disfunções do assoalho pélvico, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Saúde, publicou portaria para contratualização de estabelecimentos de saúde para prestação do acolhimento integral aos pacientes.

“Estamos muito felizes em poder ofertar esse serviço integral de assistência de forma pioneira para nossa população, 100% custeado pelos cofres municipais. Começaremos atendendo aos pacientes já cadastrados na nossa fila de espera da central municipal de regulação, com capacidade inicial para 160 pacientes por mês. Mas já trabalhamos a ampliação do serviço com a contratualização de novos prestadores. A PORTARIA N° 385/2021 foi divulgada no Diário Oficial do Município”, comemorou Leo Prates.