Prefeitura vai contratar empresa para reconstruir Monumento à Cidade de Salvador

Assunto foi discutido em reunião entre equipe da prefeitura, da Fundação Gregório de Matos e a família Cravo

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  • Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2019 às 20:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução e Betto Jr/CORREIO

Na tarde desta segunda-feira (23) o presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro, recebeu a família Cravo para discutir como será realizada a reconstrução do Monumento à Cidade do Salvador, obra de Mário Cravo (1923-2018), que foi completamente destruída por incêndio na tarde do último sábado (21).

Na reunião, a família do artista foi representada por seu filho Otávio Cravo. O encontro buscou alinhar os detalhes da reconstrução do monumento. Após o encontro, a elaboração de um Termo de Referência ficou prevista para janeiro. Com isso, uma licitação decidirá a empresa que vai reconstruir o monumento, com supervisão da família.

A reconstrução do monumento foi uma determinação do prefeito ACM Neto à FGM. “Desde sábado quando aconteceu o lamentável episódio, nós acionamos a família de Mário Cravo para que tivéssemos acesso aos projetos originais e a família já sinalizou que teremos acesso. Já acionamos o artista plástico que participou com Mário Cravo da construção do monumento original. Pedi ao Fernando Guerreiro, através da Fundação Gregório de Matos, que me apresente ainda essa semana, um plano de quando a gente pode começar a reconstrução e quanto tempo ela deve levar”, comentou ACM Neto, na manhã desta segunda, durante evento de entrega de obras do BRT.

O prefeito de Salvador, destacou, ainda, que a destruição do monumento também movimentou empresas da iniciativa privada. “Já fui procurado por duas empresas que se disponibilizaram a doar todo material, portanto vamos receber esse material gratuitamente”, disse Neto. Segundo ele, ainda não é possível divulgar o nome das empresas, porque a doação do material precisa ser formalizada.

Incêndio O incêndio que consumiu todo o monumento, que também era conhecido como Fonte da Rampa do Mercado Modelo, começou, por volta das 15h30 e, em cerca de 10 minutos, tomou conta de toda estrutura. "A gente tava aqui trabalhando quando ouvimos um estouro. Aí de repente o fogo apareceu. Foi tudo muito rápido. Saímos correndo, pois ficamos com medo do fogo chegar até a gente, mas só ficou lá mesmo. A fumaça foi toda pro lado da Marinha", disse a ambulante Eonice Silva, 62 anos, que trabalha no local há 20 anos. Fumaça foi vista até por quem estava na Vitória (Foto: Roberto Abreu/ CORREIO) Ainda segundo testemunhas, quando o Corpo de Bombeiros chegou, por volta das 16h, o monumento já tinha sido todo consumido pelas chamas. O Departamento de Polícia Técnica (DPT), também esteve no local para investigar as causas do incêndio. A Defesa Civil de Salvador (Codesal) também deve elaborar relatório para buscar esclarecer as causas do incêndio

O material usado na construção original era fibra de vidro, considerado altamente inflamável. O presidente da FGM disse que alguns artistas plásticos que participaram da construção da obra, em 1970, estão vivos e devem ajudar na reforma. Monumento ficou completamente destruído (Foto: Betto Jr/ CORREIO)