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Presa por matar estudante no Campo Grande tinha passagens por furto


 

Andréia Carvalho foi presa quatro vezes em três anos por furtos em shoppings e mercado

  • Da Redação

Publicado em 04/08/2022 às 16:37:00
. Crédito: Reprodução

Presa pela morte da estudante Cristal Rodrigues Pacheco, 15 anos,  Andréia Santos Carvalho, de 28 anos, já tinha passagem pela polícia - ela foi presa outras quatro vezes nos últimos três anos, por crimes de furtos em shoppings e supermercados. Ela se entregou hoje no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e confessou ser a responsável pelo tiro que matou Cristal. A menina foi baleada durante um assalto quando ia para a escola, no Campo Grande.

Segundo a Polícia Civil, a primeira passagem dela é de 2019, quando foi flagrada cometendo um furto no Shopping Barra. Na ocasião, ela foi levada para a 14ª Delegacia (Barra).

No ano seguinte, ela foi presa após um furto no supermercado Bompreço da Avenida Bonocô, sendo levada para a Central de Flagrantes.

Em 2021, ela foi presa mais duas vezes, ambas por furtos no Shopping da Bahia. No primeiro, foi levada para a 16ª Delegacia (Pituba) e depois na Central de Flagrantes.

Suspeita confessou disparo Presa hoje, Andréia Rasta, como é conhecida, confessou à polícia que atirou em Cristal. A delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em coletiva nesta tarde que a suspeita estava escondida na cidade de Nova Soure, mas resolveu se apresentar com um advogado depois que teve prisão decretada pela Justiça.

A arma usada no crime ainda está sendo procurada, diz a delegada. "Não temos informações sobre a arma, estamos em busca dessa cadeia de como que essa arma chegou na mão das duas autoras do crime", diz.

A polícia ainda não sabe se as duas suspeitas costumavam atuar juntas em crimes pela região. "Estamos fazendo levantamento da vida pregressa, mas o que nos chega é que são muitas passagens (da suspeita) por furtos aqui no Centro", acrescentou. "Ela confessou o crime e também confirma que ela que efetuou os disparos".

A suspeita ainda está sendo ouvida para dar detalhes sobre toda a dinâmica do fato. "Após o crime, ela teve suporte da família e seguiu para o interior do estado. Resolveu se apresentar, acredito que por conta da repercussão do crime, na mídia não só local, mas também nacional", avalia a delegada. 

Ainda não se sabe se o tiro foi dado propositalmente ou foi um disparo acidental, acrescenta Andréa Ribeiro. "São muitas questões que precisam ser esclarecidas, vamos somar tudo que foi apurado para chegar a um resultado", diz. "Elas não falaram o que queriam, mas a princípio nos parece que a motivação é de cunho patrimonial, queria roubar objetos das vítimas".

Ambas as presas são usuárias de droga e provavelmente os objetos roubados seriam usados em permutas por tóxicos.