Presidente da Anvisa crê que vacina estará disponível no começo de 2021

'Seria leviano tecer algum comentário, porque estaria gerando uma expectativa que pode não se concretizar', diz Antonio Barra

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  • Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2020 às 14:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Agência Senado/Leopoldo Silva

O presidente da Anvisa afirmou que sua expectativa é de que uma vacinação em massa contra a covid-19 possa ocorrer a partir dos primeiros meses de 2021. Para Antonio Barra, ainda não há consenso sobre esta previsão, e o importante "dar respostas seguras, no menor tempo possível"."Não gosto de previsões porque gera expectativa na população. A humanidade nunca passou pelo que está passando agora", disse."Ah, mas teve gripe espanhola, peste bubônica, a peste negra na idade média". Não há comparação na abrangência, na velocidade de transmissão. Um pensamento pessoal meu de tudo que tenho visto colocaria minha expectativa para os primeiros meses de 2021", disse ele, ao jornal Extra.

"A OMS tem dito mais para frente um pouco. Não há um consenso. Pelo que eu tenho acompanhado dos protocolos que estão em desenvolvimento no Brasil e pelas informações que recebo das pessoas, vamos ter uma expectativa em relação aos primeiros meses de 2021. Agora, qual mês? Seria leviano tecer algum comentário, porque estaria gerando uma expectativa que pode não se concretizar", adicionou.

O diretor-presidente da agência disse ainda que não recebeu nenhum documento a respeito da imunização russa, aprovada para uso no país estrangeiro, que tem negociações para testagem no Paraná e na Bahia.

Segundo Fábio Vilas-Boas, secretário da Saúde da Bahia, a vacina só deve começar a ser aplicada nos baianos a partir de março de 2021. A estimativa foi feita na última terça-feira (15) no programa Saúde & Bem-Estar, apresentado pelo jornalista Jorge Gauthier no Instagram do CORREIO.

Apesar da Bahia ter a parceria com a Rússia em andamento para a distribuição de 50 milhões de doses da vacina, o secretário destacou que o prazo para o início da imunização ainda depende da aprovação e registro da vacina junto à Anvisa. Além disso, reforçou que, na rede pública, a vacina não terá como contemplar todos os baianos. “A prioridade serão as pessoas que são grupos de risco”. Confira a entrevista com Vilas-Boas.