Preso por estelionato, ‘Don Juan’ aplicou golpes em pelo menos sete pessoas

Ele se passava por fiscal da Receita para atrair as vítimas em Goiás

Publicado em 17 de agosto de 2021 às 16:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Polícia Civil

Após ser preso pela Polícia Civil do Ceará em junho deste ano, David Alves Bezerra, de 30 anos, suspeito de se passar por analista da Receita Federal para atrair mulheres e aplicar o golpe do "Don Juan", foi ligado a outros golpes no estado de Goiás.

De acordo com o delegado da Polícia Civil Leonilson Pereira, o “Don Juan” fez pelo menos sete vítimas em diferentes cidades goianas no Entorno do Distrito Federal, causando um prejuízo de R$ 50 mil. Seus alvos eram principalmente mulheres.

“Ele dizia que tinha acesso a bens eletrônicos de alto valor, que seriam leiloados por um valor bem abaixo do preço de mercado. Com isso, ele conseguia que as vítimas realizassem transferências financeiras na promessa de entregar esses objetos”, afirmou o titular.

Segundo a reportagem do G1, as investigações policiais apontam que o suspeito ostentava uma vida de luxo nas redes sociais com o dinheiro arrecadado por meio dos golpes. De acordo com o delegado, David chegava a usar uniformes da Receita Federal e outras instituições para dar mais credibilidade a sua atuação.

“Tivemos acesso à imagens que demonstram uma vida de luxo que ele levava, o qual exibia suas viagens, andanças em carros de luxo e manuseio de altos valores em dinheiro”, comentou. Foto: Divulgação/Polícia Civil  Na segunda, policiais do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Valparaíso de Goiás cumpriram um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que já cumpre pena no Presídio de Caucaia, no Ceará. 

O golpe do “Don Juan”

De acordo com o delegado, o criminoso procurava por mulheres e as seduzia, realizando várias promessas que nunca eram cumpridas, daí vem o nome “Don Juan”. As vítimas então encontravam compradores para os supostos objetos que ele vendia.

“As vítimas transferiam os valores e na data acordada para entrega dos objetos ele sumia. Para isso ele se utilizava de contas bancárias de terceiros, os quais caíam no encanto do golpista, sacavam os valores e repassavam para ele”, afirmou.

A polícia continua com a investigação, iniciada há seis meses, com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas. “Esperamos surgirem mais vítimas e testemunhas de delitos anteriormente cometidos por ele, além de evitar novas aplicações de golpes dessa maneira”, conclui Pereira.