Preso vizinho que matou três mulheres a facadas em Caminho de Areia

Autor confessou ter assassinado casal de lésbicas e gêmea de uma delas

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  • Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2019 às 16:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Ricardo Pitanga se entregou na sede do DHPP (Foto: SSP/Divulgação) O gesseiro Ricardo Santana Borges Pitanga, 38 anos, conhecido como Soró, se entregou na unidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quarta-feira (22). Ele confessou o triplo assassinato de Cristiane Alves Pergentino, 37 anos, e das gêmeas, Priscila e Patrícia Ângelo de Castro, 33, ocorrido na noite da última sexta-feira (17), no bairro de Caminho de Areia, na Cidade Baixa. 

Apesar de estar acompanhado de um advogado, o pedido de prisão temporária, que fora expedido contra ele, foi cumprido por policiais da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM). 

De acordo com o titular da DHM, delegado Odair Carneiro, o indicativo de motivação do crime é o desentendimento entre o autor e as vítimas, que eram vizinhos. Ricardo deverá ser encaminhado ao sistema prisional. Cristiane (de tranças), Priscila (de tranças loiras) e Patrícia foram mortas com várias facadas (Foto: Reprodução/Priscila Natividade/CORREIO) Relembre o caso Cristiane, Priscila e Patrícia foram mortas na Rua Manuel Barros de Azevedo, na Cidade Baixa, por volta das 19h de sexta-feira (17), durante uma briga entre vizinhos. 

As três mulheres viviam juntas, enquanto Soró e a esposa moravam no andar de cima do imóvel. "Era confusão todo dia. Tudo era motivo de briga. Um dia era por causa do barulho, no outro por conta do cachorro. Eles já vinham brigando", contou ao CORREIO uma das vizinhas que também mora no conjunto de casas.  Crime aconteceu na avenida de casas nº 121 (Foto: Priscila Natividade/ CORREIO) Ainda segundo ela, o pivô da situação que terminou nas mortes teria sido a esposa de Ricardo. "Ele passava o dia trabalhando e quando ele chegava ela enchia a cabeça dele de problema e de queixa. As meninas moravam há menos de dois anos aqui. Mas Soró já era morador de muito tempo", completou a fonte. 

A aposentada Margarida Rocha, 71, mora em frente ao conjunto de casas onde as mulheres foram mortas e contou como soube da situação. "Estava chegando do Evangelho por volta das 20h, quando uma senhora mandou eu andar ligeiro porque tinham matado tres pessoas na minha porta. Quando cheguei o que eu vi foi só o tumulto de gente. Eu não tinha intimidade, elas eram novatas na rua. Estavam sempre juntas", resumiu.