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Prevenção do suicídio e educação para a sexualidade

  • D
  • Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2021 às 05:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Desde 2014, definiu-se que haveria um mês (setembro) no qual se concentrariam amplas campanhas transformando-o no mês de prevenção ao suicídio. Denominou-se esse período de “Setembro Amarelo”, sendo o dia 10/09 reconhecido oficialmente como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A campanha ganha mais visibilidade nesse período, porém, esse trabalho é diário. São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade que está relacionada a transtornos mentais tais como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Educação para a Sexualidade foi a terminologia adotada para substituir termos como Educação Sexual, Orientação Sexual e Educação em Sexualidade. Dentre os temas abordados através da Educação para a Sexualidade, Corpo, Gênero e Sexualidade é um deles. A diversidade de corpos, gêneros e sexualidades ainda é um tabu muito grande, mesmo diante de uma sociedade hiperconectada. A LGBTfobia é também uma das grandes responsáveis pelo suicídio de pessoas da comunidade LGBTQIA+, pois diante do sofrimento da não aceitação da família e amigos, e da violência que esse grupo sofre da sociedade civil, o suicídio acaba se tornando o caminho mais rápido para sanar a dor que dilacera o seu íntimo.

O termo LGBTfobia não é tão conhecido, já que outro termo é normalmente utilizado como sinônimo para se referir ao ódio à população LGBTQIA+: A homofobia! E não se pode deixar de salientar que a prática de LGBTfobia ainda não é criminalizada no Brasil. Por conta dessa falta de legislação própria, os atos preconceituosos contra LGBTs geralmente acabam sendo classificados como crimes de calúnia, injúria e/ou difamação. Isso, em grande parte, dificulta a contabilidade desses crimes.

Esse grupo chamado de “minoritário”, e que não é tão pequeno assim, já que a proporção de pessoas LGBTQIA+ assumidas no Brasil é de 7,5%, sendo bem maior que a média mundial que é entre 1 e 10%, sofre as mais diversas violências, tais como: violência psicológica, discriminação, violência física, violência institucional, negligência, abuso financeiro e econômico, violência sexual e outros tipos de violações.

Ao falar de LGBTfobia, uma das dificuldades encontradas é a falta de estatísticas oficiais. Os dados da Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil de 2016, apontam que 73% dos/das estudantes LGBTs já relataram terem sido agredidos verbalmente, 36% terem sido agredidos fisicamente e que 58,9% dos alunos que sofrem constantemente agressão verbal, faltam as aulas pelo menos uma vez ao mês.

Não adianta ter um mês no ano para se falar sobre o tema sem tratarmos de LGBTfobia! É preciso tornar público que grande parte desses jovens e adultos que se suicidam e/ou que pensam constantemente em suicídio pertencem a esse clã que não luta apenas pelo direito de amar, mas sim pelo direito de existir.

Thiago Coelho de Santana é doutorando em Educação pela UFBA,  [email protected]