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Bruno Wendel
Publicado em 5 de maio de 2022 às 15:42
- Atualizado há 2 anos
Além dos 13 presos nesta quinta-feira (5) ligados à facção Bonde do Maluco (BDM), outros onze criminosos do mesmo grupo foram detidos pela Policia Civil desde o início do ano em Pernambués. Essas prisões ajudaram a elucidar três homicídios no bairro, um deles do estudante Max Santos de Oliveira, 18 anos, morto dentro de um colégio da região. >
"No curso da Investigação, foram realizadas algumas prisões. Esses acusados entraram em um imóvel e fizeram uma família refém, mas depois foram capturados pela polícia e autuados em flagrante. Entre eles, havia um rapaz, que posteriormente saiu, foi para a rua e que depois foi vitima de um homicídio dentro de um colégio. Esses indivíduos já eram investigados no curso dessa operação", declarou o delegado José Bezerra, diretor do Departamentos de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), durante coletiva para apresentar o balanço da "Operação Balder".>
Max morreu no dia 11 de março no estacionamento do Colégio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro. Segundo a polícia, o assassino foi o primo da vítima, que já estudou na escola. Ele aproveitou a condição de ex-aluno e vestiu o uniforme para ter acesso ao colégio. O acusado aguardou a saída da vítima até o estacionamento, onde efetuou os disparos e fugiu em seguida. >
O primo de Max foi preso três dias depois no bairro de São Gonçalo. Ainda de acordo com a polícia, a motivação está relacionada com a disputa pelo tráfico de drogas em Pernambués. O autor era integrante do Comando Vermelho (CV). >
Violento Segundo a polícia, o bairro de Pernambués é um dos mais violentos deste ano, o que justifica a operação desta quinta. "É o quinto em quantidade de homicídios neste ano, até agora", explicou o delegado do Draco Adriano Lobo, sem dar mais detalhes sobre o fato.>
Durante ocupação, a polícia apreendeu: uma escopeta , três pistolas, duas balanças de precisão, um colete à prova de balas roubado de uma empresa de segurança, uma faca, cinco carregadores, um uniforme do Exército Brasileiro, além de farta munição e pinos de cocaína. A operação teve como estratégia principal o serviço de inteligência. "A nossa ação foi tão bem sucedida que a letalidade foi zero", comemorou Bezerra. >
A mega operação contou com a participação de 600 policiais. "O custo é o de sempre, o diário. O serviço de segurança pública requer realmente uma dedicação muito grande, horas policiais, recursos tecnológicos muito grande, empregos de viaturas, combustível, mas nada disso se compara ou está próximo e é justificável para retirar as armas de circulação, evitando que mais vidas sejam ceifadas", declarou Bezerra, sem citar valores. >
O diretor do Draco falou ainda que não há prazo para as polícias deixarem de ocupar o bairro de Pernambués. "A operação ainda continua e vamos ficar hoje, amanhã e até quando for necessário, para garantir segurança à população", disse. Outros bairros serão em breve também alvo de operação semelhante, porém Bezerra não revelou os locais e nem quando. >
Ações As ações em campo são desenvolvidas por policiais civis e militares dos Departamentos de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), de Inteligência Policial (DIP), de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), de Polícia Metropolitana (DEPOM), de Crimes Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Coordenação de Operações Especiais (COE), da Superintendência da Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública (SSP). >
Da Polícia Militar atuam, a Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE-Polo), Rondesp Central, Tático Ostensivo Rodoviário do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (TOR/BPRv), Companhia de Intervenção Prisional (CIRP) do Batalhão de Guarda da PM, Companhia de Patamo do Batalhão de Choque (BPChq) e Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), Batalhão Especializado de Policiamento de Eventos (Bepe), Coorenação de Operações de Inteligência (CoordOInt) e Setor de Operação de Inteligência (Soint) do Comando de Policiamento Regional Central e a 1a Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e outras companhias de área.>