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Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2018 às 04:00
- Atualizado há 2 anos
Todo mundo gosta de pagar baratinho por aquele sonhado eltrônico ou até mesmo pelo móvel que passou meses paquerando na vitrine. O diretor de Fiscalização do Procon da Bahia, Iratan Villas Boas, no entanto, alerta os consumidores assíduos da Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (23), de que algumas ofertas, "de tão absurdas", já deixam claro que não passam de "marmelada"."Esses anúncios de 70% de desconto exigem cuidado. Se eu quero comprar uma TV de 10 polegadas da marca X, o ideal é que eu saiba qual o valor de mercado dessa marca. Se eu vejo muito abaixo desse valor, eu tenho que ficar desconfiado. Isso é algo que pode ser feito nos sites de buscas, por exemplo", sugere Vilas Boas.De acordo com o responsável pela seção de fiscalização das fraudes no Procon, alguns "cuidados básicos" podem livrar as pessoas de frustrações e/ou grandes prejuízos. Por parte do órgão, a fircalziação começou no início de novembro.>
“Estamos com fiscalização nas lojas desde o início do mês por conta do evento, mas temos notado que os empresários têm mudado muito e melhorado sua relação com o cliente”, disse Iratan Vilas Boas, diretor de fiscalização do Procon. O mergulhador Eduardo Pereira, 51 anos, já pesquisa preços, mas deve voltar para compará-los na sexta-feira (23) (Foto: Mauro Akiin Nassor/CORREIO) O diretor do Proncon-BA explica, por exemplo, que todas as lojas de comércio eletrônico [os e-commerce] são obrigadas a expor o CNPJ e o endereço físico do estabelecimento - que é onde o cliente deve buscar apoio em caso de problemas com o produto.>
"A Black Friday nasceu para o comércio eletrônico. Mas, empresas falsas habitam amplamente as redes sociais, que funcionam como um ambiente favorável para golpes. As pessoas tendem a ficar desassitidas, já que não terão onde buscar esse apoio", alerta Iratan Vilas Boas.>
Entrega Há ainda, acrescenta Iratan, o problema quanto ao prazo de entrega das mercadorias. Segundo ele, a lei 12.958 de 2014, do Código de Defesa do Consumidor, válido em todo estado, exige que o estabelecimento determine, no ato da compra, o turno em que a mercadoria será entregue e/ou montada.>
"O tempo e turno de entrega têm que ser cumpridos, na íntegra, para que não haja irregularidades. Esse é um grande ponto das compras feitas pela internet". Iratan comentou, também, a "cilada mais comum" que os consumidores enfrentam quando o assunto é fraude.>
Gasto médio Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o valor de gastos por pessoa na Black Friday deste ano é estimado em R$ 1.146, com base em dados de 2017.>
O estudo aponta ainda que 32% dos que compraram no ano passado planejam desembolsar mais este ano. São esperados descontos de 45%, em média. Roupas, calçados e smartphones estão entre os itens que devem ser mais procurados.>
Seis em cada dez (58%) consumidores têm a intenção de fazer compras na Black Friday, um expressivo aumento de 18 pontos percentuais em relação ao ano passado, de acordo dom a pesquisa. Por outro lado, 32% só devem ir às compras caso encontrem boas ofertas e apenas 10% não pretendem comprar nada.>
Entre os que pretendem comprar produtos com descontos, 70% consideram a data uma oportunidade de adquirir itens que estejam precisando com preços mais baixos. Cerca de 30% querem antecipar os presentes de Natal, enquanto 12% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem ter necessidade de comprar algo no momento.>
Já entre os que não pretendem fazer compras na Black Friday, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (28%) e o fato de não precisar comprar nada (22%).>
Considerando aqueles que realizaram compras no ano passado, 34% esperam adquirir mais produtos em 2018, 28% comprar menos e 20% a mesma quantidade.>
Além disso, 32% pretendem gastar mais — sete pontos percentuais acima do previsto em 2017 —, outros 32% gastar menos e 24% desembolsar o mesmo valor. Entre os que têm intenção de gastar mais, 30% disseram acreditar que os produtos estarão com preço bom e que vale a pena aproveitar a promoção.>
Para 26%, existe a necessidade de adquirir mais produtos e 23% vão às compras por terem economizado ao longo do ano para poder gastar.>
Presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior disse que o evento já é uma importante data de vendas para o varejo e as lojas que praticarem descontos reais sairão à frente da concorrência.“As promoções na internet costumam ser mais vantajosas, mas as lojas físicas que souberem oferecer preços competitivos também conseguirão atrair o consumidor”, observou.Dicas de como evitar golpes, segundo o Procon 1. Consulte o CNPJ da empresa antes de realizar qualquer compra [incluindo lojas e-commerce] 2. Vá até o Procon mais próximo [postos SAC] e verifique se há registro contra a loja. 3. Exija os comprovantes da compra, como a nota fiscal. 4. Exija os comprovantes de tempo de entrega, com data e horário. 5. Pesquise o preço de mercado de produto em outros estabelecimentos.>