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Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2022 às 21:34
Uma professora de 59 anos, moradora do Rio de Janeiro, vive um drama com o INSS, após ter tido o benefício cancelado por três anos consecutivos por ter sido dada como morta. Sônia Maria da Silva já provou que está viva em 2020, 2021 e 2022.>
"Pelo INSS, eu estou morta, mas faço imposto de renda, vivo minha vida normal, meu CPF está normal. Mas no INSS eu sou considerada morta. O INSS cismou que eu estou morta, e eu não consigo me desvencilhar desse óbito, eu não sei mais o que eu faço", disse Sônia ao RJ1>
O caso começou em fevereiro de 2020, quando ela esteve no banco para fazer a prova de vida e descobriu que o benefício tinha sido suspenso.>
"Cheguei lá e o gerente falou que eu estava morta e eu pirei. Fiz prova de vida, fiquei ligando para o INSS, levei meses. Muito sofrimento, muita agonia de todo jeito, recorri, e o INSS pagou direitinho, voltou a estabilizar tudo normal", contou Sônia.>
Um ano depois, o drama se repetiu e mais uma vez, em fevereiro deste ano, a professora foi surpreendida novamente pela suspensão do benefício.>
Quando pesquisou pela suposta certidão de óbito, descobriu no site do registro civil um documento que dizia que ela havia morrido no Hospital Souza Aguiar, no Centro.>
"Eu, Sônia Maria da Silva não sou a Sônia que morreu dia 11 de fevereiro de 2020 no Souza Aguiar. E com isso o meu nome ficou atrelado ao dela", disse a professora.>
Para compensar a suspensão do benefício, a professora teve que aumentar a carga horária do trabalho na rede estadual.>
"Eu estou completamente destruída, tanto na parte financeira, como na parte de saúde. Tive problema de coluna, tive problema pressão alta, vários problemas e isso não cessa. E eu não sei o que fazer", disse Sônia.>
Na tarde de segunda-feira (8), Sônia disse que ligou para o INSS e foi informada que o processo dela tinha sido encerrado antes que ela conseguisse provar que estava viva.>
"Se não fosse por meus amigos, meus parentes, as cestas básicas que eu ganhei, ajuda econômica que me emprestaram e alguns até me deram, eu não teria sobrevivido. Consegui em 2020, consegui em 2021, mas em 2022 eu não consigo", lamenta a professora.>