Professora é presa por aliciar aluna de 13 anos: 'família está destruída', diz mãe

Mãe descobriu após encontrar fotos, vídeos e mensagens com teor sexual no celular da filha

  • D
  • Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 11:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Google Street View

Uma professora de matemática de 22 anos foi presa sob acusação de aliciar uma aluna de 13 anos. Segundo informações do advogado da família, Jerônimo Santana de Almeida Júnior, a mãe da adolescente percebeu uma mudança de comportamento da garota, mas só tomou conhecimento do relacionamento que a filha mantinha com a professora nesta semana, após encontrar mensagens de textos, vídeos e fotos com teor sexual no celular da filha. A professora foi presa na tarde de quinta-feira (5), no Colégio São Luís, no Vila Ruy Barbosa, em Salvador.

AtualizaçõesProfessora nega que tenha aliciado aluna de 13 anosProfessora suspeita de aliciar aluna de 13 anos é liberada

"Foi tudo de surpresa, a mãe só ficou sabendo porque, há três dias, comprou um celular novo para ela e deu o antigo para a filha caçula. Quando a família restaurou a conta do Google é que teve acesso a todos os vídeos, fotos e mensagens", informou o advogado da família. A primeira providência da mãe foi acionar o advogado e, acompanhada dele, foi informar a direção da escola o que estava acontecendo.

A menina, que é aluna do 8º ano já estudava na unidade há vários anos. Já a professora, só começou a ensinar no colégio particular esse ano. A prisão da professora ocorreu dentro da própria escola. No momento, ela não estava na sala de aula. A estudante não foi para a escola na quinta nem irá nessa sexta-feira. Após o incidente, a família decidiu mudar a adolescente de escola. Advogado da família, Jerônimo de Almeida Júnior, diz que adolescente contou à mãe que foi pedida em namoro por professora e aceitou (Foto: Acervo pessoal) Ao ser questionada, a adolescente confirmou para a mãe que mantinha um relacionamento com a professora há dois meses, que foi pedida em namoro e aceitou, além de terem tido dois encontros fora da escola. Depois da descoberta, a garota teria tentado se matar, tomando água sanitária. "A mãe está em estado choque. Isso pode deixar marcar profundas em toda a família", disse ele.

Ainda abalada com a descoberta, a mãe da adolescente, que preferiu não se identificar, mal consegue falar sobre o assunto. "A nossa família está destruída, está tudo muito recente, ainda não consigo falar sobre o assunto. O que posso dizer é que os pais passem a vigiar os celulares dos seus filhos e que não é só homem que comete o crime de assédio sexual. Pra mim, essa professora é uma psicopata. Minha filha só tem 13 anos", disse, ponderando que a menina saía pouco de casa. "Se fosse uma menina à toa poderia ter acontecido algo muito pior", diz. A menina mora com a avó em Salvador, enquanto a mãe reside em Salinas das Margaridas.

Segundo o advogado, as mensagens entre a adolescente e a professora começaram a ser trocadas no início do ano letivo. "A mãe percebeu que há uns dois, três meses, a filha passou a se comportar de um modo diferente. A professora deu de presente a ela uma camisa masculina e a menina passou a se comportar de forma masculina", informa Jerônimo.

Em nota, a escola informou que no mesmo dia em que tomou conhecimento dos fatos, adotou, "de forma imediata e irrevogável" o desligamento da estagiária de matemática e informou à polícia e às entidades responsáveis pelo seu contrato: o CIEE e a Universidade Católica do Salvador. A nota diz ainda que "os fatos ocorreram fora do ambiente escolar e que todo o apoio está sendo prestado à família e à aluna e que a instituição se colocou à disposição da Justiça para eventuais esclarecimentos."

"O Colégio São Luís refuta com veemência qualquer atitude que viole o bem-estar de seus alunos, portanto reforça o seu compromisso com a verdade e a justiça e repudia qualquer tipo de abuso contra menores ou contra qualquer ser humano"

Já a Polícia Civil informou que uma guarnição do Comando de Operações Policiais Militares (COPPM) conduziu a professora para a Central de Flagrantes, onde ela foi autuada por aliciar e assediar uma adolescente de 13 anos. A polícia informou também que a mãe da garota registrou ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), informando que a mulher estava assediando sua filha, enviando fotos e vídeos íntimos, além de mensagens com conteúdos pornográficos. Os celulares da autora e da vítima foram apresentados na especializada e serão encaminhados para a perícia. A professora vai passar por audiência de custódia.

Professor preso Em 2016, um professor teve a prisão preventiva decretada, suspeito de crime de estupro de vulnerável contra uma adolescente de 13 anos. Ele dava aulas de Geografia no Colégio Anchieta, na Pituba, em Salvador, e era professor da garota, aluna do 8º ano. 

Quando o professor foi denunciado pela família da garota à polícia, os dois já mantinham encontros íntimos há oito meses num apartamento alugado no Edifício Pituba Mar Residence, no Condomínio Pituba Ville, que fica ao lado do Colégio. Ele teria alugado o apartamento no condomínio para facilitar os encontros e não chamar a atenção dos pais da adolescente.

Quando o caso veio à tona na escola, o professor deixou o apartamento. Ele pediu demissão da escola e não contou o motivo do pedido segundo a direção da escola.