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Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 17:52
- Atualizado há 2 anos
O segundo prognóstico para a safra 2021 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê que, na Bahia, dos quatro principais produtos, dois deverão apresentar aumento na produção; e dois, queda. A produção baiana de soja deve passar de 6,070 milhões de toneladas em 2020 para 6,452 milhões de toneladas em 2021, em um aumento de 6,3%. Frente ao primeiro prognóstico, divulgado em novembro, que previa uma produção de 6,402 milhões de toneladas em 2021, houve um aumento de 0,8%.>
Caso se confirme, o aumento previsto para a soja baiana em 2021 deve levar a uma safra recorde do produto (6,452 milhões de toneladas), por conta do crescimento de 4,3% da área plantada (de 1,620 milhão para 1,690 milhão de hectares) e de 1,9% no rendimento médio (de 3.746 para 3.818 kg/hectare).>
O estado deve contribuir para o aumento previsto de 5,1% na produção brasileira de soja, que deve chegar a 127,8 milhões de toneladas em 2021, segundo este primeiro prognóstico, com aumento de 1,8% na área a ser plantada e de 3,3% no rendimento médio.>
Outro produto que deve apresentar aumento no estado é o feijão 1ª safra, que mantém a mesma previsão do primeiro prognóstico, de passar de uma produção de 135,9 mil em 2020 para 136,0 mil toneladas em 2021, em um crescimento de 0,1%.>
Por outro lado, as previsões para as safras 2021 de algodão herbáceo e milho 1ª e 2ª safras na Bahia são de queda.>
Em relação ao algodão, a produção deve passar de 1,475 milhão de toneladas em 2020, para 1,202 milhão em 2021 (-18,5%). Houve uma queda de -0,2% frente ao primeiro prognóstico, que previa uma produção de 1,205 milhão.>
Mesmo assim, a Bahia deverá seguir como segundo maior produtor de algodão, representando 19,6% da produção nacional.>
Para o Brasil como um todo, o segundo prognóstico da safra 2021 de algodão estimou uma produção de 6,132 milhões de toneladas, 13,6% menor que a de 2020 (7,094 milhões de toneladas). O recuo é explicado pela menor demanda internacional por conta da pandemia da covid-19 e pelo atraso nas chuvas em algumas regiões.>
Já o milho baiano mantém as mesmas previsões do primeiro prognóstico, tanto em relação à 1ª safra (de 1,800 milhão para 1,750 milhão de toneladas, -2,8%), quanto à 2ª (de 800 mil para 550 mil toneladas, -31,2%)>
Em nível nacional, o prognóstico da safra 2021 de grãos prevê uma produção recorde de 256,8 milhões de toneladas, 1,9% maior que a de 2020, estimada em 252 milhões.>
Ainda assim, dos cinco produtos de maior importância, em termos nacionais, três devem ter quedas: algodão herbáceo (-13,6%), arroz (-1,8%) e feijão 1ª safra (-0,3%). As variações positivas, por enquanto, aparecem apenas com a soja (5,1%) e o milho 1ª safra (3,3%). >
Recorde histórico A 11ª estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2020 mostrou, em novembro, um crescimento frente à previsão de outubro (1,5%), o que representa uma safra prevista de 10.063.245 toneladas, frente a 9.913.245 toneladas no mês anterior.>
Ao ultrapassar a marca de 10 milhões de toneladas, a safra baiana de grãos em 2020 é a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972, com um aumento de 21,5% (ou mais 1.779.585 toneladas) em relação à safra de 2019 (8.283.660 toneladas).>
O único produto com variação na estimativa para 2020, entre outubro e novembro, foi o milho 2ª safra, cuja previsão aumentou em 150 mil toneladas (ou +23,1%), chegando a 800 mil toneladas. Isso representa um aumento de 189,9% frente à safra de 2019 (276 mil toneladas).>
Em nível nacional, a estimativa de outubro para a safra de grãos 2020 também é de recorde na série histórica do IBGE, se mantendo nos 252,0 milhões de toneladas estimados em outubro, 4,4% superior à de 2019 (241,5 milhões de toneladas).>
A partir das informações da estimativa de novembro, a Bahia segue, em 2020, com a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 4,0% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 28,9% do total, seguido por Paraná (16,0%) e Rio Grande do Sul (10,5%). >
O LSPA é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.>
Onze safras maiores em 2020 Assim como havia ocorrido em outubro, em outubro a previsão para 2020 é que 11 das 25 safras de produtos investigadas pelo LSPA na Bahia sejam maiores que as de 2019.>
As produções com previsão de maior crescimento no estado, em termos absolutos, são as de cana-de-açúcar (+944.000 toneladas ou +22,4%), soja (+760.600 toneladas ou +14,3%) e milho 2ª safra (+524.000 toneladas ou +189,9%).>
Por outro lado, banana (-190 mil toneladas ou -18,3%), feijão 1ª safra (-36,9 mil toneladas ou -21,4%) e tomate (-34,6 mil toneladas ou -12,5%) lideram as quedas absolutas de produção. (Fonte: IBGE) >