Quatro anos depois, Justiça condena dois homens pela morte do músico Felipe Yves

Compositor de sucessos de Léo Santana e Kannário foi degolado e teve corpo queimado em Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2021 às 14:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A Justiça baiana condenou dois homens pela morte do cantor e compositor Felipe Yves Magalhães Gomes. O jovem de 21 anos foi morto no dia 6 de março de 2013, na localidade conhecida como Independência, na Boca da Mata. Ele foi pego de surpresa pelos condenados e dois adolescentes, e depois foi morto a tiros e com golpes de faca. O rapaz teve a cabeça arrancada com um facão e, depois de morto, ainda teve o corpo queimado.

Segundo informações do Ministério Público, Andrei Jesus dos Santos e Railson Couto dos Santos foram condenados a 17 e 20 anos de reclusão, respectivamente, pelo assassinato. O júri, realizado na terça-feira (28), em Salvador, condenou os réus por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, bem como pelo crime de corromper menor de 18 anos para a prática criminosa.

A sentença foi assinada pela juíza Gelzi Maria Almeida Souza Matos, com base nos votos do júri, que acatou a denúncia apresentada e defendida no tribunal pelo promotor de Justiça Antônio Luciano Silva Assis.

O crime teve como motivação a disputa envolvendo gangues rivais.               

Felipe Yves era autor de hits como 'Bota o bumbum dela no paredão', cantada por Léo Santana, e "Depois de nós é nós de novo", de Igor Kannário.

Yves atuou como  vocalista da banda Golaço tocando pagode. Um mês antes do crime, ele anunciou que iria iniciar uma carreira gospel. "A partir de hoje só faço musica Gospel. #ComoDeusQuer só ele me reconhece!", escreveu.  

Na época do crime, a tia e madrinha do jovem, a cozinheira Bárbara Tassiana de Jesus, contou que os bandidos chegaram a usar o celular do afilhado para enviar fotos do corpo, além de áudios anunciando o crime.

Um dos criminosos foi preso no dia 13 de março do mesmo ano do crime e confessou que deu quatro tiros  no compositor. Ueslei Silva Sarinho, conhecido como Heures, estava escondido na casa do irmão, no bairro de Castelo Branco. O criminoso era líder da facção Bonde do Maluco (BDM) na localidade de Independência, que divide os bairros de Boca da Mata e Cajazeiras XI.