Quatro pessoas vão parar em delegacia por guerra de espadas de Periperi

Segundo a Polícia Militar, operação seguiu orientação do Ministério Público para impedir a prática; elas foram ouvidas e liberadas

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  • Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2019 às 16:39

- Atualizado há um ano

Quatro pessoas foram parar na delegacia na noite desta sexta-feira (28) no bairro de Periperi, em Salvador, por conta de uma 'guerra de espadas', realizada na véspera do dia de São Pedro, que integra os festejos juninos. Elas estavam com artefatos explosivos.

De acordo com informações da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), as conduções ocorreram durante uma operação no bairro do Subúrbio Ferroviário. Isso porque, mesmo que a guerra de espadas seja uma tradição de décadas no bairro, a corporação segue uma orientação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) de proibir a prática.

Em Senhor do Bonfim, no Centro-Norte da Bahia, onde a guerra de espadas é tradição no São João, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a liminar que já proibia a atividade.

As imagens acima foram captadas por uma telespectadora da TV Bahia. As quatro pessoas detidas em Periperi, que não tiveram seus nomes divulgadas, foram encontradas com artefatos explosivos por policiais da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Periperi). Junto com o material apreendido, elas foram levadas à 29ª Delegacia (Plataforma).

De acordo com informações da Polícia Civil, as quatro pessoas foram ouvidas e liberadas. A operação contou com o apoio do Batalhão de Polícia de Choque, Esquadrão de Motociclistas Águia e Comando de Operações Policiais Militares (Coppm).

Explosão Em maio de 2013, também em Periperi, uma fábrica clandestina de espadas, que funcionava em um prédio na Rua General labatut, próximo à Praça da Revolução, matou uma pessoa e feriu outras quatro.

A explosão aconteceu no dia 16 de maio por volta das 14h. A vítima fatal foi o músico Danilo Silva, 23 anos, que estava no imóvel. O imóvel era um estúdio de música, mas um dos cômodos, segundo informou a polícia na época, funcionava como fábrica de espadas. O prédio inteiro, de três andares, desabou.