Queen Stars Brasil: Bahia é o estado nordestino com drags na competição

Com oito episódios, reality apresentado por Pabllo Vittar e Luísa Sonza será lançada no HBO Max quinta-feira (24)

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  • Da Redação

Publicado em 23 de março de 2022 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto 1: Divulgação | Foto 2: Gau Saraiva

A  Bahia terá destaque no reality Queen Stars Brasil, comandado por Pabllo Vittar e Luísa Sonza, que estreia nesta quinta (24) na HBO Max e promove  uma competição afiada entre 20 drag queens que buscam o pódio pop. Com oito episódios, a produção será lançada na plataforma de streaming amanhã e toda segunda-feira, às 20h, a partir de 4 de abril na TNT.

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A soteropolitana Aimée Lumière e a teixeirense Katha Maathai são as baianas na competição. Além delas, o nordeste conta somente com mais uma drag, Divanna Kahanna Montez, de Arapiraca, em Alagoas.

Aimée nasceu há 5 anos e meio, quando o psicólogo Victor Corujeira, 30, foi convidado para cantar em um espetáculo e, para enfrentar a vergonha, aceitou a ideia de performar uma drag pela primeira vez na vida. Chaplina era inspirada no ator e diretor de cinema Charles Chaplin e também numa amiga francesa. Ali, Victor viu nascer uma extensão de si. E nunca mais quis deixar de viver aquela emoção.

“Victor e Aimée são a mesma pessoa. Muita gente se sente fazendo uma personagem fazendo drag, mas pra mim de fato é muito mais um transcender de quem eu sou. Sou eu sem as amarras, sem as vergonhas. É como se fosse mais fácil ser eu mesmo quando sou Aimée”, disse Aimée, em entrevista ao CORREIO logo após pegar um solão e mais de 2h de fila em São Paulo para buscar seu ingresso para o Festival Lollapalooza - que acontece este fim de semana. Aimée nasceu há 5 anos e meio, após uma performance feita por Victor Corujeira (Foto: Divulgação) Vitrine internacional 

Para Aimée, o Queen Stars foi mais do que uma oportunidade de levar seu trabalho para os mais de 70 países que vão receber o app na plataforma de streaming. Foi lá onde conheceu Luka Cortez, seu namorado, também drag, que representa o Pará. Hoje, os dois estão morando juntos em São Paulo.

Sua personagem cresceu em casas famosas de Salvador. Creperia La Bouche, Âncora do Marujo, Burlesque... foi nesses espaços onde conheceu vários nomes como Alehandra Dellavega, Dandara, Ferah Sunshine, Nininha Problemática, Malayka SN, Spadina Banks e Valerie O'rarah foram alguns dos nomes que citou durante a conversa.  Com o reality, ela quer abrir portas para que gerações de artistas que chegaram antes e aquelas que vêm depois tenham oportunidades e a arte da Bahia possa ganhar o mundo.

Kata Maathai, por sua vez,  conta que sempre gostou de cantar por causa do Michael Jackson, de quem é muito fã. Autodidata, aprendeu a tocar violão e desde 2011 compõe suas músicas. Seu maior sonho é gravar um CD.

Sua drag nasceu depois que viu um aviso de um evento na cidade, se montou e gostou. Nunca tinha pensando em ser drag mas chegou a cogitar se seria uma mulher trans. Kata Maathai é uma junção de um nome Irlandês e outro Africano. Katha afirma que é muito difícil ter visibilidade na cidade em que mora, no interior da Bahia, em Teixeira de Freitas, no extremo Sul  baiano. 

Ela destaca  as dificuldades de trabalhar com arte drag na região. “É babado”, resumiu antes de completar: “Somos mega invisibilizados em relação à arte e arte drag também. Há regiões que comandam e pra gente tá sendo de um destaque incrível, vou dar meu melhor e dar muito orgulho pra vocês”, contou.

Ao CORREIO, Aimée também comentou sobre as dificuldades de trabalhar com arte drag na região. "É babado", resumiu antes de completar: "Somos mega invisibilizados em relação à arte e arte drag também. Há regioes que comandam e pra gente tá sendo de um destaque incrível, vou dar meu melhor e dar muito orgulho pra vocês".  Katha posa para foto em première do reality (Foto: Divulgação) O programa promoverá desafios entre as competidoras para testar suas habilidades em dança, canto, e performance. Três jurados e quatro mentores participarão do processo. Os jurados são Vanessa da Mata, Diego Timbó e Tiago Abravanel, já os mentores são Bruno Barbosa (dança), Blacy Gulfier (voz), Michelly X (visagismo) e Flávio Verne (diretor artístico).

Ao longo dos episódios temáticos, as participantes que menos se destacarem serão eliminadas - virando purpurina - após apresentações coletivas e individuais. Na grande final, três participantes serão coroadas como as rainhas do pop.