Questiona-se: por que não temos brasileiros de mercado internacional?

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  • Cesar Romero

Publicado em 2 de setembro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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No Brasil, temos artistas extraordinários, que são respeitados nos ciclos de arte internacional. Mas ainda não temos um nome consagrado, que circule com prestígio no mercado de arte mundial. Os artistas que expõem em grandes museus do mundo, como Lygia Clarck, Helio Oiticida e Lígia Pape, têm mais ressonância aqui no Brasil que no exterior. Mesmo sendo nomes referência. Temos uma presença tímida, na arte global.

A América Latina produziu artistas seminais. No Uruguai: Joaquin Torres – García; Venezuela - Jesús Soto, Cruz Díez; no México: Rivera, Orozco, Tamayo, Frida Kahlo, Siqueiros; Cuba: Wifredo Lam, Amélia Peláez; Argentina: Lucio Fontana, Leon Ferrari, Xul Solar, Julio Le Parc; Colômbia: Fernando Botero.Todos estes tem reconhecimento mundial.

No Brasil, temos dois pioneiros em Arte Cinética, Mary Vieira e Abraham Palatinik. São amplamente registrados e notificados no mundo inteiro por suas invenções, mas não obtiveram fama e sucesso mundial. Questiona-se: porque não temos brasileiros de mercado internacional? Não há respostas claras. Trabalho de  Romero Brito que é o mais famoso do mundo entre brasileiros, mas de frágil consistência (foto/divulgação) Pode ser por nossa localização geográfica, já que na Califórnia (EUA) qualquer artista bem articulado alcança grande projeção. Pode ser por poucas décadas, mas aparecem. Temos um exemplo brasileiro, Romero Brito (foto), que é o mais famoso do mundo entre brasileiros, mas de frágil consistência, produção diluída e pouquíssima inventividade. Radicado em Miami, nascido em Recife (1963), não se pode esquecer sua popularidade, atuou em várias campanhas publicitárias como marca da vodka sueca Absolut, lata de refrigerante da Pepsi Cola e rede Microsoft, Audi e FIFA.

Desenhou alguns personagens de Walt Disney. Destaque para a criação de selos postais que levam o nome de Esportes para a Paz, sobre as Olimpíadas de Beijing China. Outra criação importante foi uma pirâmide instalada no Hide Park em Londres com 12 metros de altura para a abertura da Exposição Tutankamon e a Era Dourada dos Faraós. Suas pinturas estão em aeroportos do Brasil e dos Estados Unidos como o de Washington D.C., Nova Iorque e Miami. Foi homenageado pela escola de samba carioca Renascer no desfile do Carnaval de 2012. Faz parte das coleções de Madonna, Michael Jackson, Arnold Schwarzenegger, Barack Obama, Elton John, Ted Kennedy, Bill Clinton, casal real Príncipe Willian e Kate Middleton e grandes banqueiros e empresários. Participou da Bienal de Florença e de exposições em mais de cem países.

Explicar o fenômeno Romero Britto é complexo.  Rejeitado pela crítica de arte e importantes galerias. Um brasileiro, nordestino, com 53 anos, galgar tanto espaço no mundo é de se reconhecer o esforço. Mistérios acontecem.