Quinoa é alimento proteico, rico em vitaminas, ferro e antioxidantes

'Grão de ouro’ dos incas é rico em proteína, ferro, magnésio e vitaminas A, C, E e do complexo B

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 11:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Shutterstock/Reprodução

Os incas. Com certeza, você já ouviu falar algo sobre eles. A civilização surgiu na região do atual Peru e se estendeu por mais de 4 mil quilômetros, indo do Equador até o norte da Argentina. Era tão potente e extenso que foi considerada o maior império da América pré-colombiana. Um dos seus itens mais preciosos? A quinoa.Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, tecnologia, pets, bem-estar e as melhores coisas de Salvador e da Bahia: Era assim, pelo menos, na gastronomia. “O povo a tratava como o ‘grão de ouro’, pois era um alimento considerado sagrado”, conta o nutricionista Érico Ian Vieira.

E será que os incas - que viram seu império cair no século XVI - estavam certos? Sim! “É um superalimento, com altos níveis de proteína, ferro, magnésio, vitaminas e antioxidantes”, fala a nutricionista Simone Musse, da empresa de comidas Musse’s Fit Food Delivery (@mussesfitfooddelivery no Instagram).   O pseudocereal pode ser consumido até por celíacos e diabéticos (Foto: Shutterstock/Reprodução) Érico concorda. “É muito nutritivo e funcional por ser fonte de aminoácidos essenciais, proteínas, fibras, lipídios, cálcio, magnésio, potássio, ferro, e vitamina A, C, E,  e do complexo B”. 

O que isso significa? Que, entre seus benefícios, a quinoa “auxilia no aumento da saciedade e contribui para regular o intestino, para o fortalecimento muscular e dos ossos; previne doenças cardiovasculares e fortalece o sistema imunológico”, diz.

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“Muitas pesquisas garantem que a quinoa também ajuda na síntese de serotonina (substância relacionada com a sensação de bem-estar, saciedade e bom humor)”, comenta Gabriela Nóbrega, professora de Nutrição na Unifacs e de Gastronomia na Ucsal. 

Quinoa x arroz Um dos usos mais comuns da quinoa é na substituição do arroz. Afinal, a versão em grãos, quando cozida corretamente, fica bem parecida com a consistência do alimento queridinho dos brasileiros. Será que a troca é válida? A consistência da quinoa pode ficar parecida com o arroz (Foto: Shutterstock/Reprodução) Primeiro, entenda que o arroz é um cereal, enquanto a quinoa é um pseudocereal. Isso significa que eles têm algumas características semelhantes, sobretudo o fato de serem fontes de carboidrato.

“Mas a quinoa tem mais amido - que é complexo -, é rica em ômega 3, tem mais proteínas, vitaminas, cálcio, ferro... Ou seja, é mais completo e melhor que o arroz”, explica Gabriela. 

Por ter um nível alto de proteína e de carboidrato, é muito procurada por praticantes de atividades físicas. Mas seu consumo, segundo Érico Ian, pode ser feito por qualquer pessoa, incluindo celíacos e diabéticos. “É isento de glúten e tem baixo índice glicêmico (IG), equilibrando a quantidade de açúcar no sangue”.  O alimento tem mais proteína e fibras que o arroz (Foto: Shutterstock/Reprodução) Colorida Há opções de textura: flocos, farinha e grãos. A primeira pode ser usada em iogurtes, salada de fruta e vitaminas. Na Healthy (Av. Oceânica, 2.400, Ondina Apart Hotel), há um cookie com essa versão da quinoa, castanhas, frutas secas e açúcar de coco.  

“As receitas são criadas baseadas no público. Adoramos quando eles sugerem um novo tipo de produto e somos desafiados a criar algo. Esse cookie é rico em fibras, vitaminas e proteína devido à presença da quinoa”, diz Victoria Cintra, chef do espaço. Um dos cookies da Healthy: com flocos de quinoa (Foto: Renato Santana/CORREIO) A segunda é uma substituta da farinha de trigo e pode estar nas receitas de bolos, pães, biscoitos... Já a terceira, em grãos, é a que fica parecida com o arroz. Dela, há três cores: branca, vermelha e preta. A mais clara é a mais comum. Uma caixa com 200 g varia de R$ 10 a R$ 30. A quinoa tem opções nas cores vermelha, branca e preta, sendo a segunda a mais comum (Foto: Shutterstock/Reprodução) “Ela tem um sabor mais sutil. Possui teor elevado de fibras, o que melhora a saúde do sistema digestório; mantém o controle dos níveis de açúcar e produz sensação de saciedade - sendo bem utilizada em dietas de emagrecimento. Também é rica em proteínas, vitaminas e minerais. Como tem sabor e textura leves, pode ser utilizada ainda como base para saladas”, aponta Simone.  A quinoa branca é a que tem o sabor mais sutil (Foto: Shutterstock/Reprodução) “A quinoa vermelha demora um pouco mais para cozinhar e tem o sabor mais forte. Também apresenta menor quantidade de gorduras”, compara Érico Ian. Dá para achar 300 g desta versão, em mercados, por R$ 33. A versão vermelha tem menor quantidade de gorduras (Foto: Shutterstock/Reprodução) “A preta contém lítio, conhecido por ajudar a reduzir os níveis de estresse e sintomas da depressão. Também tem propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias. É a que requer o maior tempo de cocção e possui sabor terroso”, afirma Simone. Um pote com 200 g pode ser encontrado por cerca de R$ 20.  A quinoa preta tem sabor mais terroso e há a presença do lítio (Foto: Shutterstock/Reprodução) Para cozinhar os grãos, Simone dá a dica. “Lembre de lavá-los bem antes do cozimento, para minimizar o sabor amargo. Use duas partes de água para uma parte de quinoa”, explica.

Deixe a água ferver, adicione o alimento e cozinhe por cerca de 15 minutos em fogo baixo. “Após a cocção, retire o excesso do líquido e deixe a quinoa descansar por aproximadamente 20 minutos, para ficar macia”.

Só não se empolgue muito no consumo, ok? “Não há contraindicação, mas não deve haver exageros, pois a quinoa é um alimento calórico. Pode-se consumir de duas até quatro colheres de sopa ao dia”, recomenda Érico.