Quiosque onde congolês foi morto será transformado em memorial

Os quiosques Biruta e Tropicália, no Rio, vão homenagear culturas congolesa e africana

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  • Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2022 às 12:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Rio de Janeiro

Os quiosques Biruta e Tropicália, na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, serão transformados em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana. No dia 24 de janeiro, o congolês Moïse Kabagambe foi morto após ser espancado por trabalhadores do quiosque Tropicália.

O secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo, informou que a gestão do quiosque foi oferecida à família do congolês. "O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social", escreveu o secretário no Twitter.

O prefeito Eduardo Paes comentou sobre o projeto. "E a melhor notícia: a família passa a ser a nova concessionária do Quiosque!  Não a banalização da barbárie!".

Em nota, a prefeitura disse que o contrato de concessão com os atuais operadores dos quiosques está suspenso, durante a investigação do crime e que, "caso se comprove que eles não têm qualquer envolvimento no crime, A Orla Rio discutirá a transferência para outro espaço".

"Caso contrário, o contrato será cancelado. Ainda não há prazo para a execução do projeto. Neste momento a Prefeitura está conversando com a família", diz a nota.

Relembre o caso A família do congolês morto em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, está inconformada com a violência e injustiça cometida com ele. O rapaz de 25 anos foi espancado até a morte na segunda-feira (24) quando foi cobrar pagamento atrasado.

Moïse Kabamgabe trabalhava por diárias no quiosque, que fica perto do Posto 8. O dono do quiosque estava devendo duas diárias e quando Moïse foi cobrar, foi agredido, diz a família, que pede uma investigação rigorosa.

Nas redes sociais, o caso repercutiu e gerou a comoção de internautas, políticos, jornalistas e artistas.