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Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 12:31
- Atualizado há 2 anos
Um dos mais famosos traficantes da história da Bahia, Raimundo Alves de Souza, o Ravengar, voltou a ser preso durante uma operação da Polícia Civil, na madrugada desta quinta-feira (16). >
A Operação Petros foi deflagrada na Fazenda Grande do Retiro, Pero Vaz e Paripe, além de ter capturado Ravengar, cumpriu mais cinco mandados de prisão. >
Os seis presos na operação serão apresentados na tarde desta quinta-feira pela delegada Andréa Ribeiro, coordenadora de Narcóticos, e pelo delegado Alexandre Galvão, do Draco.Ravengar, em 2009, ao ser conduzido por policiais para prestar depoimento no Ministério Público (Foto: Evandro Veiga / Arquivo CORREIO)Condenação e progressãoCondenado a 25 anos de prisão por tráfico de drogas, Raimundão, como também era conhecido, teve a pena reduzida para 22. Quando já tinha cumprido mais de um sexto da pena, obteve a mudança para o semi-aberto.>
Ele ficou preso, em regime fechado, de fevereiro de 2004 a maio de 2012, quando teve a progressão de pena. Na mudança de regime, foi transferido da Penitenciária Lemos Brito, na Mata Escura, para o presídio de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. A transferência foi realizada em cumprimento à decisão judicial emitida pela Vara de Execuções Penais, que determinou a progressão da pena do traficante.>
Apontado como maior traficante de cocaína da Bahia, Ravengar comandou por muito tempo o tráfico de drogas no Morro do Águia, no Retiro, e foi preso no distrito de Monte Gordo, em Camaçari, no Litoral Norte.>
Código de condutaEm 2009, na Lemos Brito, ele foi acusado de ter criado uma cartilha que ficou conhecida como o Código Ravengar. No material, que foi digitado, impresso, encadernado e distribuído entre os presos, estavam as regras de comportamento e as penas previstas para quem as descumprissem no Pavilhão 1. >
Por conta da cartilha, Ravengar foi punido com 30 dias na solitária. Numa carta de quatro laudas enviada ao CORREIO, o traficante se disse vítima de “infâmia”, garantiu ser um preso de bom comportamento e negou ter feito a cartilha. >
Ainda na penitenciária, ele foi acusado também de cobrar dinheiro e favores em troca de proteção e garantia de vida aos demais presos. Os preços variavam de R$ 200 a R$ 2 mil, segundo relato de presos.>